Diário do Alentejo

Governo não sabe quando irá repor extensões de Saúde

12 de junho 2020 - 08:45

O secretário de Estado que coordena o combate à covid-19 no Alentejo considerou “essenciais” as consultas médicas nas freguesias rurais, lembrando que a orientação do Governo é para a sua reposição “o mais rápido possível”.

 

“A orientação” do Governo, pelo Ministério da Saúde, é para que a retoma dos serviços de Saúde nas freguesias rurais seja feita “o mais rápido possível”, disse o secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, numa conferência de imprensa em Évora.

 

Está em curso “um processo que tem a ver com os próprios profissionais, que é liderado pela Administração Regional de Saúde (ARS)” e “nós estaremos o mais atentos possível” para que essa retoma aconteça “da forma mais rápida e mais eficaz, para que as pessoas voltem a ter essas consultas, que são essenciais".

 

O governante, que assume a coordenação no Alentejo da situação de calamidade relacionada com a covid-19, falava aos jornalistas numa conferência de imprensa nas instalações do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora, em que anunciou alguns resultados do combate à doença na região.

 

Questionado a propósito das queixas dos utentes que existem extensões de Saúde e postos médicos sem clínicos um pouco por todo o Alentejo, nas áreas rurais, Jorge Seguro Sanches reconheceu que, devido ao combate à covid-19, “as pessoas não tiveram acesso à Saúde como normalmente tinham”.

 

Este assunto foi alvo de uma tomada de posição aprovada pela Câmara de Évora, por unanimidade, na mais recente reunião do executivo e divulgada na segunda-feira, em que a autarquia apela à "urgente" reabertura de todas extensões de saúde das freguesias rurais do concelho, que estão encerradas desde março devido à pandemia de covid-19.

 

Dada a atual fase de desconfinamento, “o acesso a cuidados de saúde de proximidade não pode ser posto em causa”, alegou o município, que não foi o único a fazer esta exigência, pois, a Câmara de Montemor-o-Novo também exigiu a reposição de serviços.

 

Cerca de 30 pessoas concentraram-se junto das instalações da ARS do Alentejo, em Évora, para exigir a reposição dos serviços de Saúde nas freguesias rurais. "Os serviços de saúde nas freguesias rurais, um pouco por todo o distrito, ainda não têm médico de família e, em muitos dos casos, nem serviços administrativos", alertou a porta-voz do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) do distrito de Évora, Lina Maltês.

 

O secretário de Estado afiançou que o objetivo é voltar agora, o mais rápido possível, "ao normal nesta situação” das extensões de Saúde e dos cuidados médicos nas freguesias rurais, tendo já havido “orientações nesse sentido por parte do ministério” tutelado por Marta Temido.

 

“Como coordenador regional, vou acompanhar esses temas” para “responder, da forma mais rápida possível, às ambições das pessoas, normalmente pessoas idosas, que vivem no interior” do país, “que vivem nas nossas aldeias”, assumiu.

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