As equipas do Hockey Llano Suber Caseux (+45), do Chile, e a Seleção Andaluzia (+55), de Espanha, conquistaram a 12.ª Taça Latina de Hóquei em Patins Veterano, uma competição disputada em Moura, que reuniu 20 equipas de cinco países: Argentina, Chile, Espanha, Itália e Portugal.
Texto | Firmino Paixão
Quatro dias de competição, 50 jogos entre 20 equipas de cinco diferentes nacionalidades. No final, triunfaram os espanhóis e os chilenos, porque ergueram as taças, mas, talvez, uma grande fatia do mérito tenha sido do Moura Desportos Clube por ter conseguido trazer para a sua cidade uma competição desta envergadura, o mais importante torneio mundial de hóquei em patins veterano.
Miguel Prieto, jogador, delegado e dirigente do Moura Desportos Clube recordou: “Esta Taça Latina resultou da iniciativa de clubes que se juntaram e idealizaram esta prova, que foi crescendo, já conta com 12 edições e já chegou a ter 36 equipas”. Porém, admitiu: “Nesta edição tivemos que limitar um bocado as equipas, porque só tínhamos um pavilhão. As edições anteriores que tiveram maior participação realizaram-se em locais que dispunham de dois pavilhões, mas nós não os tínhamos e tivemos de diminuir o número de equipas para podermos organizar esta edição da Taça Latina”.
Por convite do Alcobacense, o Moura Desportos Clube estreou-se na competição há cerca de sete anos. “Fomos convidados para uma edição que eles organizaram e a partir dessa altura temos vindo a participar, com excepção do ano de 2024. A participação é feita a partir de convite do clube organizador, porém, existe um ranking pelo número de edições em que participamos, vamos fazendo parte desse lote e a escolha é feita segundo esse critério”.
Miguel Prieto adiantou, ainda, ao “Diário do Alentejo”: “Este é um torneio muito importante, pois une equipas de cinco países, Argentina, Chile, Espanha, Itália e Portugal. Surgem equipas formadas por antigas glórias, jogadores que já foram campeões europeus e mundiais. A Taça Latina é uma das provas de veteranos mais importantes ao nível mundial”.
A prova realiza-se anualmente em diferentes locais. Neste ano, confessou Miguel Prieto: “Fomos convidados a organizar esta décima segunda edição. Pedimos apoio às entidades institucionais e empresas locais, porque sem essas ajudas seria impossível pormos de pé uma organização com esta envergadura. A organização envolveu todos os elementos da equipa de veteranos, as suas famílias e amigos, muito voluntariado de pessoas, que, desde a primeira hora, se disponibilizaram e, então, conseguimos levar a tarefa a bom termo”, disse, sublinhando o êxito desportivo: “As finais foram disputadas entre as duas melhores equipas dos dois escalões e foram momentos de grande espectáculo”.
Quanto à presença de público ao longo dos quatro dias de prova, de 17 a 20 deste mês, o dirigente revelou: “Este pavilhão dá apoio às atividades das escolas e para podermos aqui estar os professores não puderam ministrar as aulas previstas para este pavilhão, então pedimos que os professores trouxessem para aqui os seus alunos no sentido de dinamizarmos a modalidade, o que aconteceu durante os três dias úteis da semana, porque o torneio iniciou-se na quarta-feira e prolongou-se até sábado. Foi uma jornada de grande promoção da modalidade”.
Sobre o Moura Desportos Clube, Miguel Prieto lamentou que neste momento apenas exista a patinagem artística, com mais de meia centena de praticantes, e a equipa de hóquei de veteranos, atribuindo a ausência de outros escalões às dificuldades sentidas por todo o Alentejo. “Andamos aqui por amor à modalidade e queríamos que os miúdos viessem mas é muito difícil, temos outras atividades e não podemos também dar o apoio que gostaríamos. Queríamos que através do Desporto Escolar fosse possível retomar a atividade noutros escalões. Mas estas são dificuldades transversais a outros clubes da região. Somos poucos, estamos no interior, os miúdos preferem o futebol e não é fácil puxá-los para o hóquei em patins”.
Terminada a competição foi tempo de fazer o balanço à organização e, a esse respeito, Miguel Prieto admitiu: “Pelo retorno que temos recebido o torneio foi muito positivo para a economia local, sempre trouxemos cerca de 300 pessoas para Moura e também foi dessa forma que conseguimos sensibilizar as entidades, nomeadamente, o município, porque divulgámos o nome da cidade e do concelho”.
Uma boa organização. Um certame invulgar por estas paragens, que proporcionou grandes jogos de hóquei em patins, ainda que estivéssemos em presença de praticantes já um pouco maduros. Mas, diz-se que “velhos são os trapos…”
EQUIPAS Mais 45
Moura Desportos Clube, Sport Alenquer e Benfica, Stuart HC Massamá, Alcobacense CD. Associação Desportiva Valongo, Juventude Pacense-Camelos, Hockey Llano Sports (CHI), Grado Hockey (ESP), Club Patin Alcala (ESP), Old Blacks Hockey Pordenone (ITA), Las Rozas CP (ESP), Mollet HC (ESP)
EQUIPAS Mais 55
Sport Alenquer e Benfica, Escola Livre de Azeméis, Seleção Andaluzia (ESP), Estudiantil Porteño (ARG), Clube Patin Alcala (ESP), Old Blacks Hockey Pordenone (ITA), Old Cat/CT Barcino (ESP), Centro Asturiano Oviedo (ESP).
Finais
+55 Old Blacks Hockey Pordenone (ITA) versus Seleção Andaluzia (ESP): 3-4
+45 Grado Hockey (ESP) versus Hockey Llano Suber Caseux (CHI): 2-4