Diário do Alentejo

Novos órgãos sociais da Associação de Patinagem do Alentejo tomaram posse na cidade de Beja

25 de janeiro 2025 - 08:00
Não é fácil, Mas “não desistam”
Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

Os novos órgãos sociais da Associação de Patinagem do Alentejo, entidade que tutela também os clubes do Algarve, tomaram posse na última sexta-feira, na cidade de Beja, numa cerimónia testemunhada pelo presidente da Federação de Patinagem de Portugal, Luís Sénica.

 

Texto Firmino Paixão

 

“Estou confiante nesta equipa e determinada para trabalhar, ativamente, para reforçar o papel do Alentejo e do Algarve no panorama nacional da patinagem”, garantiu Sílvia Graça, a nova presidente da Associação de Patinagem do Alentejo. “É com enorme satisfação, sentido de missão e de responsabilidade que assumo hoje, perante vós, a presidência desta associação, honrando o lugar construído por todos, e todas, que, ao longo dos anos, contribuíram para que ela seja uma referência”.

A Associação de Patinagem do Alentejo (APA), entidade fundada em 13 de março de 1976, entrou no novo ciclo olímpico elegendo o seu sétimo líder, neste caso a presidente Sílvia Graça, dirigente que sucede ao lacobrigense Rui Mateus e que promove o regresso do centro de liderança daquele órgão associativo ao território em que foi criado.

O local escolhido para a tomada de posse foi o Pax Júlia Teatro Municipal (no espaço da cafeteria), na cidade de Beja, onde compareceram Luís Sénica, presidente da Federação de Patinagem de Portugal, Maria João Ganhão, vereadora da Câmara de Beja e responsável pelo pelouro da Educação, Desporto e Juventude, e os anteriores presidentes da associação, Reinaldo Castilho, José Alberto Felício, Nuno Palma Ferro (ainda presidente da assembleia-geral) e Rui Mateus. Entidades a quem, naturalmente, se juntaram (com algumas faltas), os membros recentemente eleitos para um novo mandato, dirigentes de clubes, árbitros e outros agentes da modalidade.

A APA tem, atualmente, 23 clubes filiados – 11 no Alentejo e 12 no Algarve – e tem 1370 atletas a praticar as cinco disciplinas da modalidade. Um universo para o qual Sílvia Graça tem uma visão: “Assegurar que a nossa associação ocupe um lugar central no diálogo com a Federação de Patinagem de Portugal, promovendo o desenvolvimento da modalidade, com os clubes, que são, afinal, a razão de ser e a essência da associação”. E conhece ainda: “As características socioeconómicas não favorecem a captação de todos os apoios necessários” às necessidades. Por isso, Sílvia Graça confirma: “Apesar de existirem pedras no caminho, os homens e as mulheres que representam este universo de clubes não baixarão os braços e continuarão a trabalhar no desenvolvimento da patinagem”.

Dificuldades que parecem ser do conhecimento do dirigente federativo Luís Sénica quando recomendou: “Não desistam. Vale a pena estar nestas coisas com convicção e com paixão, e eu não tenho dúvidas de que as pessoas que aqui estiveram tiveram essa convicção e essa paixão. Possivelmente, senhora presidente, nem sempre iremos convergir nas ideias, nem sempre vamos convergir nos caminhos, mas certamente saberemos dialogar, saberemos escutar, saberemos respeitar e caminhar sempre em conjunto”. O caminho é claro, fez notar Luís Sénica: “Qual é o grande desafio desta associação? É também o desafio da federação. Aumentar o número de clubes, aumentar o número de praticantes e melhorar a qualidade da sua intervenção. Sabemos que, muitas vezes, isso não depende da nossa boa vontade, sabemos que não depende só da nossa capacidade, mas sabemos que não devemos desistir, essa é a mensagem que eu gostaria de vos deixar aqui”.

Referindo-se ao executivo cessante, presidido por Ruis Mateus, Luís Sénica afirmou: “Os órgãos sociais anteriores fizeram o seu trabalho, fizeram aquilo que puderam fazer, fizeram aquilo que era a sua capacidade e a sua visão para o fazer, deixaram, no meu entendimento, um caminho, deixaram alguma sustentabilidade, e eu diria, também, algumas traves mestras. Acho que isso permitirá aos novos órgãos sociais, e à senhora presidente, manterem esse caminho que foi trabalhado até aqui”.

Um caminho a que a autarca Maria João Ganhão já se tinha referido numa intervenção em que garantiu: “Da parte do município [de Beja] o compromisso é o mesmo, apoiar a associação, apoiar a modalidade, para que esta se afirme e continue a evoluir. Boa sorte, que seja um mandato produtivo, cheio de realizações e que continuem a elevar o nome da nossa região”, precisou.

Nuno Palma Ferro, presidente da assembleia-geral da APA, e antigo presidente da direção, aproveitou mesmo para agradecer à autarca bejense “a sumptuosidade que conferiu a este nosso ato de patinar, a esta nossa causa, partilhada por todos, ainda que em diferentes especialidades, e a este fator de união que são as regiões do Alentejo e do Algarve se encontrarem na nossa terra, na cidade de Beja”. Depois, elogiou aquela que, sabe-se, foi escolha sua para a liderança da APA, Sílvia Graça – “cuja competência, amor à patinagem, dedicação já identificada em mandatos em que partilhámos na direção desta associação” –, deixando-lhe os maiores e mais sinceras votos de uma grande mandato. “Será um momento difícil mas, com certeza, que, com a sua determinação e o apoio de todos os que nos encontramos aqui, vai realizar um mandato que nos catapultará para outros planos”. Palma Ferro aproveitou ainda, e bem, para evocar o nome de outras figuras históricas da modalidade, João Magalhães e Armindo Peneque, já falecidos, mas também o eborense Orlando Caetano e o castrense António dos Anjos.

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