Diário do Alentejo

Obras no Museu Rainha D. Leonor com fim previsto para junho de 2026

23 de agosto 2025 - 08:00
Espaço está a ser intervencionado desde 2023
Foto | Ricardo ZambujoFoto | Ricardo Zambujo

Até ao fim do primeiro semestre do próximo ano o Museu Rainha D. Leonor passará por três fases: uma de conservação e restauro, outra de arquitetura e infraestruturas e outra de museografia e comunicação.

 

O Museu Rainha D. Leonor, em Beja, encerrado para obras desde 2023, vai continuar a ser intervencionado até junho do próximo ano, confirmou nesta semana à “Lusa” fonte oficial do instituto público Património Cultural.

Em fevereiro deste ano, a Câmara Municipal de Beja apontava o final de 2026 como o prazo para a conclusão das obras no museu.Em resposta a perguntas da “Lusa”, fonte oficial do instituto responsável pela execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na área do Património explicou que estão previstas três ações do Museu Regional de Beja, que deverão estar concluídas no “final do segundo trimestre de 2026”: “Uma de conservação e restauro, outra de arquitetura e infraestruturas e outra de museografia e comunicação”.De acordo com a mesma fonte, as duas últimas estão em fase de projeto, enquanto a primeira fase foi adjudicada em julho à empresa N-Restauros por 1,098 milhões de euros, com um prazo de 10 meses.

“Os trabalhos compreendem a conservação e restauro do património móvel e integrado da Igreja, do claustro e da sala do capítulo do antigo real Mosteiro, tendo o projeto de execução sido realizado pela empresa Rigor Perene”, acrescentou o Património Cultural. No comunicado da autarquia, em fevereiro, a câmara municipal dava conta de que estava concluída “uma extensa intervenção com vista à preservação da integridade do edifício” no valor de 2,06 milhões de euros, estando a decorrer “uma segunda fase do projeto, financiada pelo PRR no valor de 3,097 milhões de euros, e que visa completar a modernização integral do museu”.

Instalado no antigo Convento de Nossa Senhora da Conceição, o antigo Museu Regional de Beja detém coleções em “áreas temáticas como a escultura, a pintura, a ourivesaria, a azulejaria, as artes decorativas, a metrologia, a etnografia e a arqueologia, com ênfase no território do Baixo Alentejo”, segundo a informação disponível na página da Museus e Monumentos de Portugal.

No final de maio, a Museus e Monumentos de Portugal – entidade responsável pelo museu – revelou que a nova direção do museu de Beja seria ocupada pela historiadora Rita Maia Gomes. Este foi resultado do segundo concurso público internacional, já que Maria de Jesus Monge, selecionada num primeiro concurso, acabaria por ser nomeada para dirigir o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa. No entanto, entre uma nomeação e outro, Maria de Jesus Monge referia, na altura, ao “Diário do Alentejo”, que “o ano de 2025 será ainda de encerramento do mosteiro, estando a reabertura prevista para meados de 2026”, acrescentando que, nesse período, se procederia à “conservação do património integrado e, simultaneamente, preparação da requalificação museográfica”.

No final de 2021, o Ministério da Cultura, então dirigido por Graça Fonseca, dava conta de que tinha sido assinado um contrato para a “empreitada de valorização e conservação” do museu, num valor então previsto de 1,7 milhões, que deveria ter começado no início de 2022 e com um prazo de 18 meses.De acordo com o comunicado da altura, as obras ao abrigo do PRR teriam início no começo de 2023 e estariam concluídas no final de 2024. “Lusa” e “DA”

Comentários