O Grupo de Trabalho – Em defesa da Saúde em Castro Verde, criado recentemente, reuniu-se pela primeira vez e fez saber que está a trabalhar para reivindicar melhores condições de saúde para a população face ao cenário da falta de médicos no concelho. De entre as posições tomadas, a nova comissão irá “exigir publicamente” a estabilização de profissionais e recurso em todas as freguesias.
Texto Ana Filipa Sousa de Sousa
Na última reunião pública, datada de 11 de novembro de 2024, entre eleitos municipais, dirigentes de entidades públicas, sociais, culturais e recreativas do concelho e “uma alargada participação da população”, determinou-se que seria criada “uma comissão instaladora de utentes capaz de unir esforços na defesa das reivindicações e direitos da população” face “à atual situação no Serviço de Urgências Básico (SUB) de Castro Verde”.
Volvidos cerca de dois meses, e “atendendo à existência de uma comissão de utentes no Centro de Saúde de Castro Verde, embora sem ação pública ou notória nos últimos longos meses, os eleitos locais e cidadãos indicados [na última reunião] decidiram constituir um grupo de trabalho” para tentar encontrar soluções e exigir um novo olhar sobre o atual cenário.
O grupo, que se reuniu pela primeira vez no passado dia 15, é composto por António José Brito, presidente da Câmara Municipal de Castro Verde, António Paulino, presidente da Junta de Freguesia de Castro Verde e Casével, Ana Maria Guerreiro, presidente da Junta de Freguesia de Entradas, Sónia Silvestre, presidente da Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Padrões, Sara Saturnino, presidente da Junta de Freguesia de São Marcos da Ataboeira, e António Manuel Brito, António Matias e Joaquina Faustino, cidadãos eleitos.
Em comunicado enviado à redação do “Diário do Alentejo”, o Grupo de trabalho – Em defesa da Saúde em Castro Verde confirma que irá solicitar, “com carácter de urgência”, uma reunião de trabalho com a direção do centro de saúde e do SUB de Castro Verde, assim como “exigir publicamente a necessidade de uma crescente estabilização, com profissionais e recursos, nos serviços prestados nas extensões de saúde de todas as freguesias do concelho”.
O grupo garante, ainda, “com satisfação”, que “o esforço da população do concelho de Castro Verde” permitiu “assegurar um quadro de estabilidade no SUB de Castro Verde nos últimos dois meses”, sendo que a câmara municipal local contribuiu “para este objetivo com a disponibilização, em vários momentos, de serviços de transportes para os profissionais, nomeadamente, médicos, de modo a garantir a plenitude dos serviços”.
Recorde-se que, durante os meses de novembro e dezembro, o SUB de Castro Verde esteve, alguns dias, encerrado por períodos de 12 ou 24 horas devido à “ausência de médicos” para completar as escalas.