Diário do Alentejo

Évora: Fotografias documentam alterações climáticas

13 de dezembro 2019 - 07:50

Trinta imagens que "tocam" várias dimensões das alterações climáticas compõem uma exposição patente ao público em Évora, a qual resultou de um concurso de fotografia sobre o tema. A mostra e o concurso, ambos intitulados "Phenomena", foram organizados pelo projeto ecoVerney, da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora (UÉ), em colaboração e com o apoio de várias entidades.

 

"Recebemos mais de 200 fotografias" para o concurso e, dessas, "foram selecionadas 30 para constituírem esta exposição", indicou a coordenadora do projeto ecoVerney, Maria Ilhéu, em declarações à agência Lusa. 

 

A exposição, que abre ao público, na quinta-feira, às 17:00, na Igreja do Salvador do Mundo, em Évora, conta com 30 imagens de fotógrafos, amadores e profissionais, que participaram no concurso. As imagens, realçam, representam "o olhar dos fotógrafos" que responderam ao apelo do concurso de fotografia, cujo propósito foi "desafiar os cidadãos a focar a atenção sobre as mudanças ambientais em Portugal através da fotografia".

 

"Cada fotografia da exposição toca" algumas das dimensões das alterações climáticas, como o aumento da frequência de fenómenos climáticos extremos, secas, inundações, incêndios e o aumento da temperatura, "de modos diversos, uns mais diretos e outros metafóricos", acrescenta a organização.

 

A exposição pode ser vista até ao dia 14 de fevereiro de 2020, seguindo, posteriormente, em itinerância para outros locais. Quanto ao concurso de fotografia, este decorreu entre 01 de dezembro de 2018 e 22 de abril deste ano e premiou dois autores, com prémios no valor global de três mil euros.

 

O primeiro prémio foi atribuído a Francisco Brito pela fotografia intitulada "Ninho do Degebe - Casa na Árvore", que retrata uma situação de inundações, enquanto o segundo foi para Miguel Pereira com a fotografia "A água que esconde", que mostra a seca extrema na barragem do Pego do Altar, em Alcácer do Sal.

 

O primeiro prémio adotou o nome de João Corte-Real para homenagear o climatologista e professor catedrático, que foi vice-presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), falecido no ano passado.

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