A Ulsba é, aliás, no Alentejo, a instituição hospitalar com menos doentes em lista de espera para cirurgia. No Hospital do Espírito Santo, em Évora, há 3500 pessoas na mesma situação. Na Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano são 1453. E na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano esse número sobe para 1991. Feitas as contas, há 7929 doentes com a “vida suspensa” à espera de uma chamada do hospital, número ligeiramente inferior ao de 2018 (8275). Na Ulsba e em Évora houve melhorias na lista. Em Portalegre e no Litoral Alentejano os números agravaram-se, sobretudo, neste último caso, onde a lista de espera foi aumentada em mais de 600 doentes.
Ouvida pelo “Diário do Alentejo”, fonte oficial da Ulsba assinala que, além da redução do número de utentes em lista de espera, ocorreu, igualmente, neste período, uma dimi- nuição “para metade” dos que se encontram com um tempo de espera superior ao recomendado. “Acima de tudo, [regista-se uma] grande redução da mediana do tempo de espera para cirurgia que passa de 96 para 51 dias, o que demonstra uma melhoria da performance da Ulsba, que se deve a um grande empenho dos profissionais, apesar das dificuldades existentes de recursos humanos, conhecidas de todos”.
A mesma fonte acrescenta que a Cirurgia Geral apresenta menos doentes em espera. “Verifica-se neste primeiro semestre de 2019 um aumento do número de cirurgias com- parativamente à do primeiro semestre de 2018, motivo pelo qual foi possível controlar a lista de espera, apesar da dificuldade existente do número de anestesista que obriga, não poucas vezes, ao encerramento de salas operatórias”.
Mais problemática é a situação ao nível da Ortopedia onde, apesar de tudo, a Ulsba diz ter existido uma “redução substancial dos vales de cirurgia emitidos”, o que significa que foram enviados menos utentes para outras unidades de saúde, o que se explica pela redução do número de primeiras consultas hospitalares: ou seja, como houve menos doentes inscritos, a lista de espera foi reduzida. “Tratando-se da Ortopedia, a especialidade que merece maior preocupação, o objetivo principal, e imediato, passa pela recuperação da lista de espera de consultas, a qual se encontra em curso e se prevê resolvida até ao final do ano e com novas entradas de doentes em lista de espera para cirurgia”, conclui a mesma fonte.