A casa que no final do século XIX foi a residência do escritor Fialho de Almeida, em Cuba, vai abrir portas ao público esta segunda-feira, dia 10, como museu literário dedicado à vida e obra do autor. Segundo a Câmara de Cuba, a entidade promotora, o Museu Literário Casa Fialho de Almeida, que pretende “devolver à memória coletiva o escritor e o seu importante contributo para a literatura portuguesa”, integra três espaços distintos.
“Naquela que era a área de habitação encontra-se o espaço museológico dedicado às várias esferas da vida pessoal e profissional de Fialho de Almeida, enquanto nos casões adjacentes à casa o foco vai para a ruralidade e para a etnografia, temas recorrentes na escrita do autor”, adianta a autarquia, que destaca, por exemplo, “a existência de uma pequena adega no quintal, com a designação de ‘País das Uvas’”, numa referência à obra de 1946 de Fialho de Almeida.
A par destas áreas, a Casa Fialho de Almeida tem ainda “um espaço reservado para a residência temporária de artistas, que ali queiram permanecer e desenvolver as suas obras”.
O presidente da Câmara de Cuba, João Português, em comunicado de imprensa, adianta que, “apesar das homenagens ao autor que têm vindo a ser concretizadas ao longo dos anos, a autarquia está convicta de que a consagração maior será obtida com a perpetuação da sua obra através do seu estudo, para que esta possa também influenciar os trabalhos de artistas modernos”.