Diário do Alentejo

A paixão pela aviação em imagens fotográficas

28 de setembro 2025 - 08:00
Jorge Marques expõe “Pássaros de ferro” em Beja

Jorge Marques 50 anos, natural de Beja

 

Profissional da área da Saúde, iniciou-se na imagem como fotógrafo de conteúdo, na área da culinária, e promotor de marcas de vinhos. Desenvolveu trabalhos fotográficos em eventos sociais e desportivos. Posteriormente, enveredou pela fotografia de aviação, tendo já realizado trabalhos para pilotos e companhias aéreas. Atualmente, acrescenta valências na fotografia de vida selvagem.

 

A hospedaria Dona Maria, em Beja, acolhe, até ao dia 5 de outubro, a exposição fotográfica, na área da aviação, intitulada “Pássaros de ferro – o olhar de um bejense”, da autoria de Jorge Marques.

 

Como nos descreve esta sua exposição?Para mim, esta exposição é um voo pela memória e pela minha paixão de infância – os aviões. As fotografias em mostra representam os vários olhares e perspetivas de uma pessoa que nasceu entre horizontes largos e silêncios profundos, onde o céu se cruza com a memória e onde o metal ganha asas.

 

Que situação despertou em si a necessidade de ser um “caçador de aviões”?Não sei se poderei chamar uma necessidade – será, mais, uma apetência. Tudo começou com a minha paixão de criança pelos aviões, sendo que a vida me levou por outro caminho diferente. Mais tarde, com o início do gosto pela fotografia, voltou-me a surgir este “bichinho” pela aviação, particularmente, no “Tiger Meet”, realizado em Beja, em 2021.

Qual o “cromo” da aviação mais desejado pelos entusiastas fotográficos desta área?Neste momento, falando por mim, penso que será a nova pintura do F16 da Força Aérea Portuguesa (FAP), feita especialmente para o evento “Tiger Meet” – evento muito importante na aviação militar, em que todas as nações envolvidas juntam a componente de treino com o orgulho de pertencerem a uma elite, sendo que, para este evento, se fazem, normalmente, algumas pinturas especiais nas aeronaves envolvidas. A pintura, da FAP, que tem sido mantida em segredo, só foi revelada há poucos dias.

 

Quais as características essenciais para se ter sucesso como plane spotter?No meu ponto de vista, um plane spotter tem de ter três condições imprescindíveis: paixão, perseverança e gosto pela aviação.

 

Tem no seu portfólio fotografias tiradas no aeroporto de Beja?Claro que sim, inclusive, algumas estão patentes nesta minha exposição. Não faria sentido não expor imagens tiradas no aeroporto de Beja, uma vez que a minha ligação com esta cidade se mantém inalterada, apesar de ter saído daqui há cerca de 30 anos. Afinal, foi aqui que tudo começou.

 

Qual o seu maior “troféu” no âmbito da fotografia de aviões? Posso dizer que já tenho vários “troféus”, dos quais me orgulho bastante. Mas talvez o F16 português, com a pintura do último “Tiger Meet” realizado em Beja, e que está no cartaz do evento, o Airbus A380, com a torre do nosso castelo como plano de fundo, e o avião do Presidente Zelensky (Ucrânia), quando esteve de visita a Portugal, sejam os “troféus” maiores.

 

Qual o próximo avião que gostaria de ter na sua “mira” fotográfica?Os plane spotters são colecionadores por excelência, pelo que haverá sempre mais um avião que estará na mira da máquina. Mas gostaria muito de fotografar o F-22 [da Força Aérea dos Estado Unidos da América], o avião caça mais avançado da atualidade, que nunca voou em espaço aéreo europeu José Serrano

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