Um espaço amplo, aprazível e convidativo à promoção do melhor do desporto fora das quatro linhas. O mercado de Vidigueira foi o local eleito para que a Associação de Futebol de Beja consagrasse os seus campeões. Uma decisão descentralizadora, para se celebrar e aplaudir.
Texto Firmino Paixão
Os agentes desportivos que durante a época desportiva 2024/2025 mais se evidenciaram, os campeões, jovens e menos jovens, os vencedores das taças e supertaça, os campeões da disciplina e as figuras merecedoras do cartão branco, os árbitros mais cotados e de categorias distintas, aqueles que mais festejaram esse hino ao futebol que é o golo, e, do lado inverso, aqueles que mais os evitaram. Como o futebol é belo, quando celebrado desta forma amistosa.
Algumas ausências – o dia de sábado também não é o mais próprio para este tipo de eventos –, queremos acreditar, todas justificadas. Há muito que ouvimos dizer que, no futebol, como em tudo na vida, só faz falta quem está. Não esteve qualquer dirigente da Federação Portuguesa de Futebol, o organismo fez-se representar pelo eborense Óscar Tojo, recentemente nomeado coordenador técnico nacional. Esteve também presente o vice-presidente da Associação Nacional de Treinadores; depois, estiveram autarcas, os anfitriões em clara maioria, naturalmente, e outros de concelhos vizinhos, mas aqui as ausências foram claramente notadas. Estiveram os sócios honorários – nem todos – e esteve José Romão, antigo jogador e treinador que, durante décadas, foi um grande embaixador da cidade de Beja por esse país fora. Nem todos os atuais desportistas se lembrarão desse tempo, mas foi um facto de que este Alentejo desportivo se pode orgulhar. Bom, e estiveram, naturalmente, presentes os membros dos órgãos sociais recentemente eleitos, num memorável ato eleitoral, quanto à elevada participação no sufrágio e quanto ao resultado que foi de claro rompimento com a continuidade. As intervenções da tarde/ /noite de gala pertenceram, obviamente, ao presidente da assembleia-geral da Associação de Futebol de Beja, Manuel Covas Lima, ao presidente da direção deste organismo, Carlos Alberto Pereira, ao representante da Federação Portuguesa de Futebol, Óscar Tojo, e, justificadamente, ao presidente do município de Vidigueira, Rui Raposo.
O líder da assembleia-geral sublinhou o facto de, pela primeira vez, em três décadas, a Gala dos Campões se ter realizado fora da cidade de Beja, anunciando que a intenção é a de prosseguir com a descentralização do evento de celebração de quem mais se evidenciar dentro das quatro linhas ao longo das épocas desportivas.
“Uma noite dedicada ao mérito, ao esforço e à paixão que existe pelo futebol e pelo futsal no nosso distrito”. Esta foi uma das principais notas da intervenção de Manuel Covas Lima, afirmando ainda: “Celebramos todos os campeões, mas também todos os que trabalham, muitas vezes, diariamente, em prol da formação do desporto”. O dirigente agradeceu, e felicitou, também, todos os que, com o seu contributo, fizeram desta época desportiva um exemplo de dedicação e de superação.
O autarca local também teve o seu espaço de intervenção, no acontecimento em que se enalteceram as conquistas, em que se recordaram as jornadas desportivas de glória e os lances não concretizados, mas também os momentos de aprendizagem. Deu as boas vindas “a todos os que vieram a esta terra quente”, pormenorizando que não se referia à temperatura, até porque o espaço que acolheu o evento é bastante agradável na climatologia, mas, sim, “pelo calor humano como em Vidigueira se recebe quem nos visita”, sublinhado o orgulho que sentiu por ter na sua terra uma sala cheia de campeões e sentiu-se honrado por ter sido o primeiro município a receber esta gala de forma descentralizada.
Óscar Tojo, que já tinha passado pelo Vasco da Gama de Vidigueira como técnico, assumiu sentir-se privilegiado por regressar àquela terra, uma zona do País onde, confessou, já ter sido muito feliz. “Unir todas as associações numa identidade comum”, foi o propósito com que terminou a sua intervenção.
Carlos Alberto Pereira felicitou todos os que se destacaram, mas também agradeceu a “todos os que, sem obtenção de títulos, participaram de uma forma digna, acrescentando valor às diferentes provas em que estiveram inseridos”. Reconhecendo que algumas decisões serão difíceis, prometeu, ainda, “um desempenho dos órgãos sociais, de excelência e de transparência, no cumprimento do que nos propusemos para os próximos quatro anos”.
31.ª Gala dos Campeões da Associação de Futebol de Beja
Campeões distritais
1.ª Divisão | Vasco da Gama 2.ª Divisão | OdemirenseJuniores | CastrenseJuvenis | Desportivo de BejaIniciados | AljustrelenseInfantis | Bairro da ConceiçãoInfantis série prata | OdemirenseInfantis série bronze | Almodôvar
Taças distritais
Supertaça | Vasco da GamaTaça Distrito Seniores | AlmodôvarTaça Distrito Futsal | NSCP MouraTaça Distrito Juniores | CastrenseTaça Honra 1.ª Divisão | CastrenseTaça Honra 2.ª Divisão | Bairro ConceiçãoTaça Honra Juniores | MouraTaça Armando Nascimento | MilfontesTaça Melo Garrido | Despertar
Taças disciplina1.ª Divisão | Castrense2.ª Divisão | Boavista dos PinheirosJuniores | AljustrelenseJuvenis | CastrenseIniciados | MilfontesInfantis | Desportivo de Beja
ArbitragemCategoria C2 | Diogo RosaCategoria C3 Futsal | David TripaCategoria C4 | Gonçalo RamosCategoria C5 Elite | Miguel GomesCategoria C5 | Hugo SimãoCategoria C6 | Miguel MarquesCategoria C7 | João ParreiraObservador | Luís Lameira
Prémios individuaisMelhor marcador1.ª Divisão | Jorge Raposo (Vasco Gama)2.ª Divisão | Tiago Canhestro (Ourique)Guarda-redes menos batido1.ª Divisão | Ricardo Rosalino (Renascente) e Miguel Cruz (Castrense)2.ª Divisão | João Damas (Odemirense)Melhor jogadorGuilherme Schiavo (Almodôvar)