O projeto da nova unidade local de formação de bombeiros (ULF) de Ferreira do Alentejo está a aguardar as diretrizes necessárias para a realização do plano técnico da obra, a que se seguirá a empreitada de construção. Segundo Luís Pita Ameixa, presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, o equipamento representa um investimento “na ordem dos 400 mil euros”.
Texto Ana Filipa Sousa de Sousa
Foi assinado no passado dia 29 de maio um “acordo de cooperação” entre a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, a Escola Nacional de Bombeiros (ENB), a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo e a Federação das Associações de Bombeiros do Distrito de Beja para a criação da nova unidade local de formação (ULF) de bombeiros na vila.
Em declarações ao “Diário do Alentejo” (“DA”), o presidente da autarquia, Luís Pita Ameixa, confirmou que o processo está em andamento e que a câmara municipal encontra-se a aguardar as diretrizes da ENB sobre “o que é que é preciso fazer” para se “encomendar o projeto técnico”.
“Esta é a fase em que vamos entrar, agora. A seguir ao projeto técnico estar feito e aprovado passamos à fase de construção. Portanto, vamos, agora, dar esta sequência de passos para que o mais rapidamente possível possamos ter esta escola a funcionar”, admitiu.
Com a consciência de que este espaço será para “toda a região do Baixo Alentejo”, o edil ambiciona que “no prazo de um ano” o “processo possa estar concluído” e que a unidade inicie a sua atividade.
Como o “DA” já tinha avançado em abril, a ULF ficará numa “localização privilegiada” no que diz respeito aos acessos e às atividades próximas, ou seja, “mesmo ao lado” do Itinerário Principal número 8 (IP8), que liga Sines à fronteira de Espanha, e da autoestrada 2 (A2), assim como do aeroporto de Beja, da Base Área n.º 11, de dois aeródromos civis e da albufeira de Odivelas.
Quanto a valores, Luís Pita Ameixa é cauteloso e garante que, para já, o que está estimado pela ENB é que a obra tenha “um investimento na ordem dos 400 mil euros”, mas “só, depois, com o projeto técnico é que vai ser mais concreto”.
Também em abril, Lídio Lopes, presidente da ENB, afirmava que a câmara municipal local assumiria “os custos inerentes através do orçamento municipal, independentemente de eventuais outras fontes de financiamento”.
A unidade será um centro qualificado que disponibilizará aos bombeiros da região “equipamentos, meios e condições” para poderem “excetuar o treino operacional”, nomeadamente, na área dos incêndios urbanos.
Recorde-se que, de momento, o distrito de Beja é o único sem uma resposta deste género e que as corporações de bombeiros têm de se deslocar às zonas de Algarve, Setúbal e Lisboa para obterem este tipo de treino.
Além de Ferreira do Alentejo, também os concelhos de Almodôvar, Moura e Ourique foram analisados no âmbito do mesmo projeto.