Foram inauguradas, na passada segunda-feira, dia 6, as novas instalações do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) de Aljustrel. O projeto permitiu “ampliar a capacidade de arquivo do LNEG e melhorar a preservação e acesso ao seu espólio científico”, assim como equipar o espaço “com meios analíticos e de processamento” duplicando, assim, a sua capacidade de resposta. A sessão inaugural contou com a presença da secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira.
Texto | Ana Filipa Sousa de SousaFoto | Ricardo Zambujo
“Este é o investimento público que Portugal precisa. Investir na ciência é investir no futuro do País”. Foi desta forma que Carlos Teles, presidente da Câmara Municipal de Aljustrel, categorizou o recente projeto de expansão das instalações do campus do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) da vila. Com um investimento global de 1,4 milhões de euros, com uma taxa de cofinanciamento de 85 por cento assegurada pelos programas Alentejo 2020 e Portugal 2020 e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder), o projeto “Cegma 2.0” permitiu “a ampliação do edifício de apoio e da Litoteca de Aljustrel” e “a integração de energias renováveis”.
Desta forma, em termos práticos, o LNEG de Aljustrel passou a disponibilizar “meios analíticos e de processamento de rochas e minerais, de estudos de geoquímica, de petrografia e de cartografia geológica, geoquímica e geofísica”, assim como de uma maior capacidade de armazenamento em arquivo.
Em declarações ao “Diário do Alentejo” (“DA”), a presidente do LNEG, Teresa Ponce Leão, garante que esta nova extensão “praticamente duplica as capacidades do campo” o que, consequentemente, “duplica a capacidade de dar resposta às empresas de uma forma mais ágil”.
“Por outro lado, o facto de termos uma metodologia em que as empresas deixam aqui os seus testemunhos permite que seja [criado] um acervo de informação muito importante para o País e para a região”, realça.
O “Cegma 2.0”, aprovado em 2019 pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR Alentejo), apoiou-se na sustentabilidade das infraestruturas “repartindo-se pelo aumento da área referente a laboratórios, gabinetes e arquivos com uso eficiente da energia” e pelo “incremento do número de prestações de serviços e de parcerias junto de empresas mineiras e de entidades na área do ordenamento e gestão territorial”.
Para a secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, este é um “investimento que estimula novos investimentos” e que representa “40 milhões de euros que estão no ativo”.
“Esta infraestrutura permite armazenar uma quantidade muito grande de amostras de minerais e de rochas de solos, mas também uma mapoteca, portanto, um arquivo histórico e um arquivo de mapas que são um ativo do País, ou seja, que são uma riqueza que o País tem”, admite ao “DA”. Acrescentando de seguida: “Investir foi a palavra que o primeiro-ministro elegeu como a palavra do ano para a nossa ação governativa e, portanto, temos aqui um bom exemplo de como um investimento público pode captar investimento privado e desenvolver as regiões e o País”.
A sessão inaugural, que decorreu na passada segunda-feira, dia 6, contou ainda com a presença do vice-presidente da CCDR Alentejo, Aníbal Reis Costa, do deputado e presidente da Assembleia Municipal de Aljustrel, Nelson Brito, do presidente da empresa Almina, Humberto Costa Leite, de representantes da Empresa de Desenvolvimento Mineiro e de todos os trabalhadores do LNEG.