O presidente da Câmara de Beja adianta ao “Diário do Alentejo” que os serviços técnicos da autarquia “estão a elaborar as normas de utilização” do novo centro de acolhimento temporário que irá instalar no edifício de um antigo lar de idosos, na freguesia de Santa Clara do Louredo, e garante que “pessoas com comportamentos aditivos, com comportamentos violentos, não serão admitidas” no espaço.
Com capacidade para 36 camas, o centro, que ocupará um piso do edifício, destina-se a situações de “emergência e de curta/média duração, situações a que município possa ter de responder na hora e para as quais o CAES [Centro de Alojamento de Emergência Social] da Cáritas de Beja não tem capacidade, porque só tem 30 camas disponíveis”, sendo que se destina “a pessoas estrangeiras e de nacionalidade portuguesa”, esclarece Paulo Arsénio, frisando que, “enquanto o CAES é uma resposta nacional”, o novo centro “é uma resposta a nível concelhio”.
O autarca revela, também, que a câmara pretende promover uma sessão em Santa Clara do Loureiro “para desmistificar o que se vai dizendo publicamente”, “que a Câmara de Beja agora vem trazer 300 migrantes” para a aldeia, “o que não tem qualquer fundamento”. “A capacidade máxima de 36 pessoas até será, provavelmente, raramente atingida”, sublinha, adiantando que ainda não há data para a entrada em funcionamento do espaço.
NP