Diário do Alentejo

Furtos de melão e melancia em Ferreira preocupam câmara e produtores

13 de julho 2024 - 08:00
Serão, “aproximadamente, à volta de uma centena”, os prejudicados em todo o concelho
Foto | D.R.Foto | D.R.

A Câmara de Ferreira do Alentejo promoveu uma reunião do Conselho Municipal de Segurança, que contou com a participação de agricultores do concelho, para debater casos de insegurança, devido aos furtos que se têm verificado nas culturas de melão e melancia.

 

Texto Nélia Pedrosa

 

A Câmara Municipal de Fer-reira do Alentejo vai solicitar aos ministérios da Agricultura e da Administração Interna “o reforço da fiscalização pelas forças de segurança”, no seguimento dos “furtos e roubos que se têm verificado, nomeadamente, nas culturas de melão e melancia”. Este foi um dos assuntos abordados na última reunião do Conselho Municipal de Segurança, promovida pela autarquia.

“Os furtos e roubos já não são novidade, já têm acontecido também em anos anteriores, e isso vai ‘aumentando’ a irritação das pessoas. Vieram-se queixar [à câmara] e também mostrar a sua incapacidade de responder por elas ao problema”, sublinha o presidente da câmara, Luís Pita Ameixa, ao “Diário do Alentejo”, adiantando que alguns produtores “vão para os campos para defender as culturas”, outros “vão lá dormir à noite”. “Está criada uma situação de muita insatisfação por parte das pessoas por falta de segurança”, reforça o autarca, acrescentando que serão, “aproximadamente, à volta de uma centena, os produtores prejudicados em todo o concelho”.

Perante isto, adianta, a câmara reuniu o Conselho Municipal de Segurança, “em que participaram várias entidades, incluindo as forças de segurança, e também alguns agricultores”. “As pessoas consideram que uma ação semelhante ao programa da GNR ‘Azeitona Segura’, em que há reforço das medidas de segurança, talvez pudesse dissuadir e evitar estes furtos e roubos”, esclarece.

Pita Ameixa alerta ainda para o facto de a venda de produtos que possam ter sido objeto de furto ou roubo “não respeitarem as margens de segurança das curas químicas”, porque quem os furta “não sabe quais são as margens, nem liga a isso”, o que poderá constituir um perigo para a saúde. Assim, frisa, foi já solicitada a intervenção da ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica “para uma maior e mais apertada verificação da venda de produtos furtados ou roubados, sem documentos ou com risco sanitário”.

A concluir, o autarca sublinha que os prejuízos para os produtores decorrem não só dos furtos, mas também “dos estragos que são feitos”. “Normalmente, quando há essas ações de furto ou de roubo, as próprias culturas são danificadas, porque entram com carros, colhem à pressa e de qualquer maneira. Também colhem, às vezes, produtos que não estão formados, que estão verdes, portanto, essa destruição também constitui um prejuízo, para além do que é furtado”.

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