Foi publicada em “Diário da República” a portaria que permite à Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) avançar com a obra de construção do regadio do Bloco de Moura, no valor de 14,8 milhões de euros.
O empreendimento, localizado nas freguesias de Moura (Santo Agostinho e São João Batista) e Santo Amador, prevê a instalação da rede de rega de uma área com cerca de 1200 hectares, com “origem na albufeira de Caliços, onde existe uma tomada de água preparada para esta ligação” que será distribuída de forma gravítica, uma vez que as parcelas beneficiadas se encontram a uma cota mais baixa.
Segundo o presidente da EDIA, José Pedro Salema, em declarações à rádio “Planície”, o concurso público deverá ser lançado no segundo trimestre deste ano, prevendo-se, então, a consignação da obra no final de 2024. Para o responsável da EDIA, o calendário deste processo terá “um prazo de cerca de 13 meses, em linha com as restantes [obras] para ficarem todas concluídas no final de 2025 e a funcionar na campanha de rega de 2026”.
José Pedro Salema refere também que o futuro da agricultura no concelho de Moura será transformado com este bloco de rega, já que “vai acontecer aquilo que aconteceu nos outros blocos [de rega], ou seja, a reconversão, o investimento da rede terciária, a instalação de novas culturas, novos sistemas de rega que vão gerar riqueza, com a produção de mais alimentos e mais e melhor bem-estar para a região”.
A portaria n.º 411/2024/2, de 21 de março, autoriza a despesa total de 14 884 780 milhões de euros – a que acresce o IVA à taxa legal em vigor – nos anos económicos de 2024, 2025 e 2026, da seguinte forma: 1,3 milhões (2024), 13,5 milhões (2025) e 180 mil euros (2026).
Quanto ao bloco Amareleja/Póvoa o presidente da EDIA espera que o Ministério da Agricultura “encontre as condições para que até 2027 esse bloco possa estar em funcionamento”.