Três Perguntas a Odete Borralho, vereadora da Câmara Municipal de Serpa
Texto | José Serrano
Decorreram em Serpa, na semana passada, as VII Jornadas Municipais da Educação com iniciativas para os profissionais de educação e para as famílias. Qual o balanço que faz deste encontro?O balanço é muito positivo. Neste ano, em conjunto com a comunidade educativa, auscultamos as suas necessidades e preparámos, desta forma, um conjunto de ações formativas e oficinas de partilha que tiveram como principal objetivo a reflexão sobre as práticas educativas. As crianças e os nossos jovens têm passado por grandes mudanças e a forma como são dirigidas as ações educativas e de comunicação precisam de se transformar e adaptar – isso motivou a programação das Jornadas Municipais da Educação deste ano.
Como classifica a importância da articulação entre docentes e familiares, à semelhança do que aconteceu nestas jornadas, no propósito de uma maior qualidade educativa?Não se pode educar sem o apoio de todos e todas. A escola é um espaço educativo, por excelência, mas, também, um complemento ao trabalho desenvolvido pelas famílias e pela comunidade. Do ponto de vista social, a escola possibilita mais igualdade e equidade, permitindo acesso às mesmas oportunidades. É na promoção da união, do diálogo, da proximidade e das parcerias que podemos projetar as boas práticas e um futuro mais auspicioso. A responsabilidade de preparar os jovens para os desafios vindouros é de toda a comunidade.
No final das jornadas quais os maiores desafios que se concluiu existirem, em termos educativos, na região?Temos uma rede de profissionais empenhados e muito dedicados, mas sabemos dos desafios que existem quando estamos mais isolados e das dificuldades que as escolas, de uma forma geral, enfrentam, principalmente, ao nível dos recursos humanos – docentes, não docentes e técnicos especializados. O momento desafiante que atravessamos precisa de um grande nível de consciência de todos os intervenientes. A nível local trabalhamos para que a proximidade seja uma vantagem, que possibilite a partilha e a renovação do conhecimento, desafiando quem educa a outras perspetivas. Mas é necessário, também, que o Ministério da Educação tenha respostas para as dificuldades que as escolas enfrentam.