Diário do Alentejo

Gastronomia Macaense e Arraial de São João comemorados em novos selos

21 de agosto 2022 - 12:30
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Texto Geada de Sousa

 

Na segunda-feira passada (dia 15) os correios de Macau emitiram duas novas emissões de selos comemorativos que celebram a Gastronomia Macaense e o Arraial de São João. Ambas, no plano inicial dos correios Macaenses, estavam previstas para serem lançadas, respectivamente, a 24 de Junho e 20 de Julho. A alteração das datas radica na necessária prevenção sanitária que a pandemia impôs a todo o mundo.

 

A emissão “Gastronomia Macaense” compõe-se de quatro selos e um bloco filatélico com mais um com as franquias de 2,5, 4,00, 4,50 e 6 patacas; a do selo do bloco é de 14 patacas. O design é de Victor Hugo Marreiros, e o texto da pagela é da Associação dos Macaenses.

 

No comunicado à imprensa que a anuncia lê-se que “a Gastronomia Macaense é uma cozinha de fusão, tendo por base a cozinha portuguesa integrada com ingredientes, condimentos e métodos de preparação da China, África, Índia, Japão, Malásia e países do Sul da Ásia” e que o seu nascimento deu-se “após a fixação dos portugueses em Macau em meados do século XVI, trazendo consigo gente de diversas etnias, nomeadamente de África, Índia, Japão, Malásia e países do Sul da Ásia”.

 

Os cinco pratos típicos seleccionados na “Base De Dados da Cozinha Macaense”, todos eles incluídos na Lista Nacional de Itens Representativos do Património Cultural Intangível da China são: Minchi, Porco Balichão Tamarindo, Tacho, Porco Bafassá e o Bolo Menino.

 

A emissão “Arraial de São João” tem dois selos (2,50 e 4,00 patacas) e um bloco com mais um de 14,00 patacas. Lê-se no comunicado que a anuncia que assinala “os 400 anos da vitória de Macau contra uma tentativa de invasão” de uma armada holandesa que no dia 24 de Junho de 1622 (dia de S. João) tentou ocupar Macau tendo sido “repelida e destroçada por um pequeno número de habitantes locais”.

 

Recorde-se que nessa data Portugal estava, e continuou mais dezoito anos, sob o jugo filipino. Continua o referido documento que foi naquela ocasião que “São João Baptista foi declarado Padroeiro de Macau” e que então “o Senado comprometeu-se a organizar anualmente uma procissão e uma novena, para além de outras festividades populares, em honra deste acontecimento histórico”. Esta festa popular também faz parte do Património Cultural Intangível de Macau em 2020.

 

O design é de Lui Chak Keong, e o texto da pagela do Instituto Internacional de Macau. Desde então a promessa tem sido cumprida.

 

 

Fontes: Comunicado de imprensa da Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações de Macau

 

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia

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