“Os Teus Olhos” é uma das 13 músicas que compõem o recente álbum Oh Laurinda, do grupo musical alentejano composto por Diogo Rosa, Pedro Chá e João Monte.
Texto Ana Filipa Sousa de Sousa
Música, tradição, amizade e modernidade são as palavras que melhor encaixam na descrição do recente grupo Oh Laurinda, composto por Diogo Rosa, Pedro Chá e João Monte, que uniram as raízes do Alentejo à contemporaneidade e deram notas a “uma nova sonoridade ao cante alentejano”.
Os jovens naturais da Vidigueira e de Alvito partilham o gosto pelo cantar das tradições de sol a sol, das tabernas e do vinho à mesa que aliado à amizade e à aprendizagem dos costumes da “nossa cultura” fizeram nascer “um feliz encontro, onde a tradição e a modernidade convivem partilhando uma história musical rica e variada”.
Questionados pelo “Diário do Alentejo” (“DA”) quanto à motivação do cante alentejano como pilar do grupo, os Oh Laurinda admitem que não veem “como uma escolha, mas sim como uma continuidade das nossas vivências, uma vez que, desde muito novos que integrámos os grupos corais e esta tradição, de certa forma, está muito presente na vida dos três” tornando-se um estilo “óbvio” para dar asas a este projeto.
O mais recente trabalho é o seu disco, também intitulado Oh Laurinda, com 13 canções que têm como base o cancioneiro tradicional alentejano e composições originais produzido pelo músico e cantautor Paulo Ribeiro e a participação especial dos músicos Jorge Moniz e Daniel Neto, bem como da Banda Filarmónica dos Bombeiros Voluntários da Vidigueira e do Grupo Coral da Vidigueira, em especial no tema “Louvor à Sra. das Relíquias”.
“Este disco tem um pé na tradição, sendo ela a nossa raiz, e procura ainda reinventar e modernizar conjugando o tradicional cande alentejano com a música pop, folk e até eletrónica”, revela o grupo.
Além do primeiro álbum discográfico, os Oh Laurinda contam ainda com dois videoclips no Youtube dos singles “Um Beijo à Chegada” e “Os Teus Olhos”, este ultimo publicado há duas semana e em que relata os sentimentos que se despertam pela troca de olhares e que, de forma inesperadamente pura, perduram no tempo.
“A apresentação do CD encontra-se em fase de planeamento, mas primeiro que tudo esperamos uma boa reação do público e que as pessoas se identifiquem com o projeto”, desejando “conseguir apresenta-lo em concerto nas várias regiões do país e se possível além-fronteiras”, confessam ao “DA”.
O disco, distribuído pela editora Sony Music Portugal, já se encontra disponível nas lojas, em formato físico, e nas plataformas digitais.