Diário do Alentejo

Santiago do Cacém e Odemira acolhem “Lavrar o Mira e a Lagoa”

16 de fevereiro 2022 - 09:40

Teatro, circo e dança são os ‘ingredientes’ deste ano da iniciativa “Lavrar o Mira e a Lagoa – As Artes Além Tejo”, nos concelhos de Odemira e Santiago do Cacém, que arranca já nesta sexta-feira (18/02).

 

Trata-se de um projeto da cooperativa cultural Lavrar o Mar, com sede em Aljezur, no concelho de Faro, que arrancou em 2021 e que este ano vai decorrer até junho, naqueles dois concelhos alentejanos.

 

A temporada de 2022 arranca na aldeia de São Domingos, no concelho de Santiago do Cacém, com a apresentação, na sexta-feira (18/02) e sábado (19/02), às 19:00 horas, do espetáculo de teatro documental “Viagem a Portugal – Paragem Alentejo”. Posteriormente, a 11 e 12 de março o mesmo espetáculo será apresentado em Odemira.

Esta coprodução da Lavrar o Mar e do Teatro do Vestido, com direção, texto e coordenação da investigação de Joana Craveiro, procura, “como quem escava”, as “histórias de vida, das memórias e da geografia” de um “vasto território entre Santiago do Cacém e Odemira”.

 

Entre 04 e 06 de março, o auditório municipal de Santiago do Cacém recebe o espetáculo de novo circo “Bibeu e Humphrey”, da companhia francesa L’Attraction Céleste. Estando o mesmo marcado para a Associação Cultural Recreativa Desportiva Zambujeirense, em Zambujeira do Mar, concelho de Odemira, nos dias 18 e 20 de março.

Segundo os promotores, em palco, vão estar dois artistas que “tomam nas suas mãos, para se apropriarem e reinventarem, um sentido de jogo teatral ‘clownesco’ novo, com uma imensa poesia e sensibilidade”.

 

A companhia L’Attraction Céleste vai ainda apresentar, na edição de 2022 do “Lavrar o Mira e a Lagoa”, outro espetáculo de novo circo, intitulado “Bobines”, que “integra o cinema como um utensílio teatral”.

“Bobines” será apresentado, de 11 a 13 de março, no auditório municipal de Santiago do Cacém e, de 25 a 27 de março, na Associação Cultural Recreativa Desportiva Zambujeirense, em Zambujeira do Mar.

 

“Não”, o espetáculo teatral criado por Giacomo Scalisi a partir de um diálogo com o escritor Afonso Cruz, volta a surgir na programação deste ano, com sessões a 15 e 16 de abril, na igreja da Misericórdia em Odemira.

 

Por sua vez, a 17 e a 25 de abril, a companhia de circo contemporâneo francesa XY apresenta, em Santiago do Cacém e em Odemira, respetivamente, “Les Voyages”, em que 20 artistas partem “à descoberta de como a linguagem acrobática pode refletir e reinterpretar o espaço público”. Esta será “uma construção coletiva e silenciosa”, transformando-se numa “odisseia circense fora do comum, fortemente sensorial e visual, repleta de tesouros escondidos que perdurarão na memória”, revelam os promotores.

 

No mês de maio, entre os dias 06 e 08, a aldeia de Abela, concelho de Santiago do Cacém, recebe a apresentação de “Povoado”, que junta dança, música e palavra, numa criação de Madalena Victorino e Rémi Gallet, com a participação de diversos convidados.

“É um projeto multidisciplinar de artes performativas que investiga a possibilidade e as consequências de um contacto entre uma aldeia e um núcleo de artistas” vindo “de fora” e que se instala “por um tempo, para construir uma experiência com a população”, explica a organização.

 

Por fim, em junho, a companhia de novo circo francesa Barolosolo vai apresentar “Balad’O”, no Jardim Ribeirinho de Odemira, nos dias 04 e 05, e na Lagoa de Santo André, em Santiago do Cacém, nos dias 11 e 12.

Este “é um espetáculo de circo aquático onde os artistas partem em viagem e se transformam pelo caminho”, com fogo-de-artifício e um baile como “final deste percurso fantástico”.

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