Diário do Alentejo

Covid-19: Vacinação nos lares no Baixo Alentejo já começou

11 de janeiro 2021 - 00:00

As primeiras vacinas destinadas a utentes e funcionários de lares começaram a ser administradas no Baixo Alentejo. A primeira instituição a ter acesso a este tratamento, na quarta-feira passada, foi o lar Entardecer Solidário, em Vidigueira.

 

Texto Aníbal Fernandes*

 

Na passada quarta-feira, dia 6, uma equipa de enfermeiros da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), do Centro de Saúde da Vidigueira, vacinou durante todo o dia os 53 utentes e 37 funcionários do lar Entardecer Solidário da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Frades (Scmvf).

 

Na ocasião estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal da Vidigueira, Rui Raposo, a presidente do Conselho de Administração da Ulsba, Conceição Margalha, o diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Beja, Sérgio Fernandes e o provedor da Scmvf, António Gordo Pereira.

 

No mesmo dia soube-se que os utentes e funcionários da Associação de Beneficência de Selmes e Alcaria testaram todos negativo à covid-19, abrindo assim a possibilidade de serem vacinados nos dias seguintes. Manuel Narra, responsável pelo lar disse ao “Diário do Alentejo” que serão cerca de uma centena de pessoas vacinadas, 70 utentes e 40 funcionários.

 

Recorde-se que o concelho da Vidigueira é o único, no Baixo Alentejo, que apresenta uma taxa de infeção extremamente elevada, com 1942 casos por cada 100 mil habitantes. Segundo os últimos números disponibilizados pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, a taxa de incidência de contágios por covid-19 aumentou em Portugal e “é mais homogénea entre concelhos e regiões”, sendo maior no Alentejo.

 

Graça Freitas diz ter existido “um aumento da incidência cumulativa a 14 dias por cem mil habitantes”, para 542 casos por cem mil habitantes no país, com o Alentejo a destacar-se negativamente por ser a região com a incidência de contágios “mais elevada”, com 666 casos por cem mil habitantes.

 

VISITAS SUSPENSAS Em Moura, as visitas aos utentes nas instituições particulares de solidariedade social do concelho de Moura (Beja) estão suspensas. Em comunicado, o Serviço Municipal de Proteção Civil de Moura explica que a decisão foi tomada “após a habitual reunião semanal” com as instituições particulares de solidariedade social do concelho. “Esta medida preventiva, resulta da análise à evolução do número de casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 na região Alentejo e em especial no concelho de Moura”, lê-se no documento.

 

Através desta medida o município e as instituições de solidariedade social da região esperam “salvaguardar a saúde da população mais vulnerável” à doença covid-19. “Findo este período de suspensão, será realizada uma nova avaliação da situação epidemiológica, por forma a serem adotadas as medidas que se entendam mais adequadas no tocante à retoma das habituais visitas aos utentes das instituições particulares de solidariedade social”, acrescentam.

 

A notícia surgiu depois de, no concelho, terem sido registados novos casos de infeção. Um deles, com 10 pessoas que testaram positivo ao novo coronavírus, foi identificado no Serviço de Urgência Básica do Centro de Saúde de Moura, que foi encerrado. "A presente situação levou à escassez de recursos humanos, o que comprometeu o normal funcionamento do SUB, tendo a Ulsba decidido encerrar este serviço".

 

A Câmara de Moura anunciou, entretanto, o prolongamento, até ao final de junho deste ano, das medidas municipais de apoio a famílias, empresas e instituições do concelho, devido à pandemia de covid-19. A terceira prorrogação das medidas foi aprovada na mais recente reunião da Câmara de Moura, com os votos a favor dos quatro eleitos da maioria PS e contra dos três vereadores eleitos pela CDU.

 

Em termos de medidas para famílias, o município isentou os agregados afetados por diminuição de rendimentos de pagarem rendas de habitação social e reestruturou a medida "Prato Quente" para distribuição de refeições e cabazes alimentares a famílias em situação de carência alimentar.

 

Foi também reforçado o Programa Municipal de Apoio a Situações de Emergência Social, com apoios nas áreas de habitação, subsistência, saúde e educação para famílias carenciadas, e o Programa abem - Rede Solidária do Medicamento, alargando o apoio na compra de medicamentos a mais pessoas.

 

Em termos de abastecimento de água, saneamento, resíduos e serviços auxiliares, o município isentou famílias com até três elementos do pagamento da tarifa variável referente aos primeiros cinco metros cúbicos e as restantes dos primeiros oito metros cúbicos consumidos por mês.

 

* Com lusa

 

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