Diário do Alentejo

Câmara de Alvito restaura azulejos da igreja matriz

17 de dezembro 2020 - 10:25

A Câmara de Alvito, no Alentejo, está a realizar uma obra de conservação e restauro dos azulejos do século XVII da igreja matriz da vila, classificada como monumento nacional, num investimento superior a 163 mil euros. "É uma intervenção fundamental para conservar e restaurar um património do século XVII insubstituível", diz António Valério, presidente da Câmara de Alvito, no distrito de Beja, a dona da obra.

 

Segundo o autarca, se não se realizasse "rapidamente" a obra, cujo interesse público municipal foi reconhecido por unanimidade pela Assembleia Municipal de Alvito, havia "risco de se perder os azulejos da igreja", que "estavam a deteriorar-se e em risco de cair e de ficarem destruídos". Por outro lado, frisou, "é também uma obra fundamental para a dinamização do turismo", porque a igreja matriz de Alvito "é um dos principais monumentos do concelho e muito visitado".

 

A intervenção, que vai "permitir valorizar a igreja, enquanto monumento de prestígio e importância para a comunidade", integra-se na estratégia da autarquia de "valorização do património como fator de desenvolvimento económico, de afirmação da identidade cultural e de promoção do turismo e dos valores" do concelho, disse António Valério. A obra, que envolve o município e a Paróquia de Alvito e as direções-gerais do Tesouro e Finanças e do Património Cultural, deverá ficar concluída em meados de 2021.

 

Orçada em 163.628 euros, a obra vai ser financiada em 80% (130.903 euros) por fundos comunitários, sendo os 20% da comparticipação nacional (32.725 euros) assegurados em partes iguais pela Câmara de Alvito e pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças, precisou o autarca.

 

Segundo o município, a obra prevê "suster ou minimizar a deterioração" e inclui a colocação de painéis e sinalética informativa sobre a história dos azulejos da igreja. A igreja matriz de Alvito, que foi construída em finais do século XIII e alvo de várias obras de ampliação nos séculos seguintes, possui três naves com abóbadas que apresentam elementos góticos e renascentistas e tem grande parte do interior revestida por azulejos do século XVII.

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