O concurso público para a reabilitação da Catedral de Portalegre foi hoje aberto, com a empreitada a prever um custo total de 3,3 milhões de euros, informou a Diocese de Portalegre e Castelo Branco.
A Catedral de Portalegre reúne e conserva o maior conjunto retabulístico maneirista existente em Portugal e é a única catedral do país que preserva quase intacto o programa original da sua fundação, dos séculos XVI e XVII.
Além das coberturas, fachadas e claustro, serão objeto de intervenção os retábulos e todo o património móvel e integrado que encerra, indicou hoje em comunicado a Comissão de Gestão do Património Religioso da diocese, no dia em que o anúncio de procedimento foi publicado em Diário da República.
Da autoria dos arquitetos Rui Barreiros Duarte e Ana Paula Pinheiro, o projeto pretende "devolver à catedral a sua dignidade, respeitando o seu passado histórico e as diferentes fases do seu desenvolvimento".
O projeto, que inicialmente recebeu enquadramento no âmbito do programa do Governo ‘Rota das Catedrais’, será financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), com a diocese a assumir a totalidade da contrapartida nacional.
A diocese prevê que a obra comece até ao final de 2020 e se prolongue por dois anos. Na candidatura não foi aprovado o financiamento para a construção do museu, onde a diocese pretendia instalar o Tesouro da Catedral.