Diário do Alentejo

Ato IV - Vidigueira Antão Vaz. O branco do Alentejo

05 de outubro 2019 - 09:45

Texto Manuel Baiôa

 

A Adega Cooperativa da Vidigueira, Cuba e Alvito foi constituída em 1960 e iniciou a sua atividade produtiva em 1963. Conta atualmente com mais de 300 associados, laborando uma média de 8 a 9 milhões de quilos de uva/ano. Nos últimos anos a nova direção da cooperativa presidida por José Miguel Almeida, e com a acessória técnica do enólogo Luís Morgado Leão, efetuou diversos investimentos na adega, identificou, preservou e valorizou algumas vinhas velhas e efetuou um profundo “rebranding” das marcas da adega que tem por lema “Vidigueira, quando o vinho é uma viagem”.

 

Esta reformulação do portefólio de vinhos apoiou-se no reforço da ligação aos descobrimentos e a Vasco da Gama que em 1519 se tornou Conde da Vidigueira. Neste sentido o posicionamento dos vinhos associam-se a uma viagem. No Ato I, O Prenúncio da Viagem, surge o vinho Navegante, na versão Branco e Tinto. É o vinho mais popular e de maior volume de vendas da Adega. 

 

Seguidamente, no Ato II, A Partida, aparece o vinho Vila dos Gamas, nas versões Branco, Tinto e Antão Vaz. No Ato III, A Saudade, surgiu a marca, Vidigueira, registada pela cooperativa desde os anos 60 e que tinha deixado de ser comercializada há alguns anos. No Ato IV, A Inspiração, surgiram vinhos de edição limitada de determinadas castas ou parcelas que merecem algum destaque. Nos Atos V a VII estão os vinhos mais ambiciosos da cooperativa, sendo o topo de gama o Vidigueira 1498 Grande Reserva.

 

Entre os vinhos que já foram lançados no Ato IV, A Inspiração, o que obteve maior sucesso comercial foi o Vidigueira Antão Vaz, vestida numa bonita garrafa alsaciana. Este vinho resulta duma seleção dos melhores lotes de Antão Vaz e tornou-se numa das imagens de marca da cooperativa, pois é um vinho que representa a Vidigueira e o Alentejo, através de uma das suas castas consagradas. Neste momento está no mercado o 2018. Apresenta cor citrina e aroma exuberante a frutos tropicais. Na boca é fresco, encorpado, cremoso e harmonioso e tem um final longo e sumarento. 

 

É um vinho para todos os públicos, desde os iniciantes até aos mais requintados e experientes consumidores de vinho. É também versátil em termos gastronómicos, mas poderá bebe-lo com entradas e petiscos alentejanos do verão. PVP: 4,5 euros.

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