O bejense António Zambujo sobe ao palco do Pax Julia Teatro Municipal, em Beja, na noite de sexta-feira, dia 4, para um concerto em que apresentará o seu mais recente álbum de originais, “Do avesso”, editado no final do ano passado.
Lançado dois anos depois da homenagem feita a Chico Buarque, com “Até pensei que fosse minha” (2016), “Do avesso”, considerado “um disco arrojado, surpreendente e arrebatador”, conta com músicas e/ou letras de Mário Laginha, João Monge, Luísa Sobral, Miguel Araújo, Márcia, Aldina Duarte, Arnaldo Antunes, Cézar Mendes e Pedro da Silva Martins.
No sucessor de “Até pensei que fosse minha”, em alguns dos temas, António Zambujo é acompanhado pela Sinfonietta de Lisboa, sob a direção do maestro Vasco Pearce de Azevedo, com arranjos musicais e orquestração de Filipe Melo.
Produzido por Nuno Rafael, Filipe Melo e João Moreira, o oitavo trabalho do bejense inclui 14 temas, bem como uma versão de “Amapola”, em espanhol, e outra de “Fruta Boa”, de Milton Nascimento.
“Menos é mais, partimos sempre desse princípio. Eu já tinha pensado que este disco teria de ser diferente. E segui um caminho diferente: acabámos por fugir do som acústico, do balanço brasileiro, e aproximámo-nos mais de outras influências. Entre o Tom Waits e o som brasileiro, mas não o mais tradicional – um disco que ouvimos muito e que partiu de base para este nosso disco foi o ‘Cavalo’, do Rodrigo Amarante. Se conseguires, na tua cabeça, fazer uma mistura entre Rodrigo Amarante e Tom Waits, um bocadinho de Paul McCartney e das fases mais caóticas do Caetano Veloso, consegues imaginar o meu disco”, diz António Zambujo.
Recorde-se que a canção “Sem palavras”, escrita por Mário Laginha e João Monge para António Zambujo, está indicada para os Grammy Latinos, na categoria “Melhor canção em língua portuguesa”, de acordo com a lista de nomeados divulgada na semana passada.
O concerto tem início agendado para as 21:30 horas.