Diário do Alentejo

Conquistas históricas

23 de junho 2024 - 08:00
Academia de Desporto de Beja com ouro e bronze no Campeonato Nacional de MinitrampolimFoto| Firmino Paixão

Maria Domingos, campeã nacional de juniores, Carolina Catarino, Vitória Franco, Mia Aresta e Madalena Galinha, juvenis que conquistaram o terceiro coletivo, todas ginastas da Academia de Desporto de Beja, estiveram em evidência no Campeonato Nacional de Minitrampolim que decorreu no pavilhão municipal da cidade de Beja.

 

Texto e Foto Firmino Paixão

 

O Pavilhão Municipal João Serra Magalhães, na cidade de Beja, acolheu no último sábado, 15, o Campeonato Nacional de Minitrampolim, com organização da Federação de Ginástica de Portugal, em parceria com o Clube Academia de Desporto de Beja.

A competição reuniu mais de 360 ginastas, representando cerca de três dezenas de clubes, entre os quais o anfitrião Clube Academia de Desporto de Beja, que, primando pela excelência da organização, conseguiu resultados históricos, de que é o mais brilhante exemplo o título nacional de juniores, conseguido pela atleta Maria Domingos e pela sua treinadora Sandra Rodrigues, naturalmente, sem desvalorizar o terceiro lugar no pódio, ao qual subiu a formação de juvenis. Uma afirmação do trabalho que está a ser desenvolvido, como reconheceu a treinadora Sandra Rodrigues.

“Na verdade, vamos tendo alguns talentos e essa projeção foi hoje concretizada pelo título nacional conquistado pela nossa ginasta Maria Domingos, que conseguiu esse brilhante resultado, mas não só, também o terceiro lugar coletivo conseguido pela nossa equipa de juvenis. Conseguimos assim o terceiro pódio nacional, dois deles obtidos na nossa cidade, o que, para todos nós, tem uma acrescida importância”.

A academia esteve presente com 16 ginastas “fruto de um trabalho que realizamos com muita alegria e muita persistência, para que eles, e elas, se sintam felizes nesta modalidade”, referiu a responsável da academia, revelando ainda: “Nesta variante de minitrampolim temos cerca de 45 ginastas, temos mais 20 a competir na acrobática e, nas classes de formação, e não competitiva, temos mais 50 atletas, mas com muita vontade de vermos crescer esse número, pois, neste momento, vamos sendo conhecidos e o nosso trabalho está ser reconhecido nesta área”. Por isso, acrescentou: “A conquista destes troféus tem um simbolismo que nos dá força e estímulo para continuarmos o nosso trabalho e traduzem mais um passo que demos para mostrarmos, principalmente, o valor dos nossos ginastas”. Sandra Rodrigues revelou também que o campeonato se realizou nas categorias de infantis a seniores, mas acrescentou: “Tivemos também a exibição de um escalão de ginástica adaptada, com a participação de ginastas com deficiência”.

O evento, e a experiência adquirida na sua organização, poderá certamente potenciar a realização de outras provas de âmbito nacional, atendendo até à opinião francamente positiva que o responsável máximo da modalidade levou do Pavilhão Municipal João Serra Magalhães, como adiante se lerá. Mas Sandra Rodrigues revelou alguma cautela. “Nós, em termos de clube, ainda temos algumas dificuldades e algumas lacunas no que diz respeito ao material que é necessário para desenvolvermos a atividade. Conseguimos realizar este campeonato com equipamentos cedidos pela federação, e, sim, é verdade que começámos por nos candidatar a um campeonato nacional de minitrampolim, porque é um campeonato que tem menor número de atletas envolvidos e uma logística de muito menor dimensão”.

Luís Maria Arraias, o presidente da Federação de Ginástica de Portugal, primou pela presença na cidade de Beja, valorizando esta competição e, em declarações ao “Diário do Alentejo”, precisou: “Foi com grande gosto que voltei a Beja e ao Alentejo, onde tenho grandes amigos. Por outro lado, é política desta direção da federação descentralizar tudo o que seja provas nacionais, portanto, a realização desta prova, aqui no coração do Alentejo, é algo que está dentro daquilo que é a nossa política descentralizadora”. E até gostou do que viu. “Adorei, não só porque o tempo está sempre óptimo, o pavilhão é fantástico e a equipa da Academia de Desporto de Beja deu provas de uma excelente organização, portanto, correu tudo de forma muito tranquila e com muta qualidade”.

O elevado número de ginastas também mereceu de Luís Arrais o comentário: “No fundo, esses números marcam a força da ginástica, porque saímos dos grandes centros e conseguimos vir para o interior do País e, além dos números que referiu, temos mais de 1000 pessoas, contando com as famílias dos atletas que os acompanharam. Foi muita gente a deslocar-se, num só dia, para uma cidade do interior. Esta é a força da ginástica, porque os atletas, para terem estado aqui hoje, tiveram que passar, primeiro, pelos campeonatos distritais. Aqui esteve a nata do minitrampolim, uma disciplina que tem uma grande ligação com o desporto escolar, portanto, tivemos aqui uma grande competição, não só pelo nível elevado desta organização local, como pelo nível de qualidade destes ginastas”.

Uma experiência a repetir, esta partilha de organização de outra prova nacional no interior da região. “Naturalmente, como lhe disse, fiquei muito agradado, não só com a organização local, com o espaço, de que gostei imenso, e vamos equacionar a possibilidade de, no futuro, organizarmos aqui mais eventos, até porque isto também é bom para a promoção da cidade e do concelho”.

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