Diário do Alentejo

Supertaças Voleibol AVAL disputaram-se no Pavilhão Armindo Peneque

28 de outubro 2022 - 14:00
Troféus rumaram ao Sul
Foto | DRFoto | DR

O Atlético Clube de Albufeira, em femininos, e a Associação Desportiva São Domingos (Faro), em masculinos, conquistaram as Supertaças de Voleibol 2022, em seniores, competições disputadas em Aljustrel.

 

Texto Firmino Paixão

 

O Pavilhão Municipal Armindo Peneque, em Aljustrel, foi o palco eleito pela AVAL – Associação de Voleibol do Alentejo e Algarve, para a realização das duas finais da Supertaça, competição que opôs os campeões regionais do Algarve aos campeões regionais do Alentejo, os dois territórios onde a AVAL tutela a prática e o desenvolvimento da modalidade.

 

Na final feminina defrontaram-se o Atlético Clube de Albufeira e o Juventude Sport Clube, de Évora, numa partida que as algarvias venceram com relativa facilidade por 3-0 (parciais de 25-12, 25-21 e 25-20) arrumando a questão ao terceiro set (o regulamento previa cinco).

 

A final masculina voltou a pôr em jogo o Juventude de Évora e, do outro lado da rede, a formação da Associação Desportiva de São Domingos (de Faro), uma vez mais os campeões do Alentejo e do Algarve, respetivamente, e aqui, com a necessidade de realização de quatro sets, o que se traduziu num resultado final de 3-1 (parciais de 25-23, 25-17, 17-25 e 25-18) favorável à formação que viajou de Faro.

 

O “Diário do Alentejo” acompanhou estas finais e, no final, ouviu a opinião dos responsáveis pelas diferentes equipas, começando, desde logo, por Pedro Torres, treinador da formação feminina do Juventude, que confessou: “Sabíamos que nos esperava um jogo complicado, contra um adversário que já vem, desde há muitos anos, com a mesma equipa, ou seja, que nos iria causar imensas dificuldades. Nós estamos a construir uma equipa nova, com novas rotinas, portanto, esperávamos dificuldades”.

 

O técnico revelou também que tinham “como estratégia errar o menos possível”. “A equipa não conseguiu pôr a bola no ar, nem a conseguiu colocar do outro lado, para criarmos dificuldades ao nosso opositor e, quando assim é, proporcionámos-lhes um jogo fácil, e isso causou-nos grandes problemas, aos quais nós não conseguimos reagir”.

 

Pedro Torres recordou ainda: “Fomos campeões regionais, tivemos uma época muito positiva, no ano passado batemo-nos até com equipas muito fortes da área de Lisboa mas, lá está, o nosso ponto fraco é jogarmos mais com o coração do que com a cabeça e quando erramos muito temos dificuldades em reagir. Na presente época, queremos renovar o título regional do Alentejo e vamos continuar a trabalhar, principalmente, para reforçarmos o espírito colectivo da equipa, de forma a podermos pensar numa eventual subida de divisão. Mas temos a noção de que o caminho a percorrer será longo”.

 

Continuando de azul e branco, ouvimos o capitão da equipa masculina dos eborenses, Damião Arranja, admitir que “a equipa de Faro foi mais competente em termos defensivos e ofensivos e acabou por ser mais completa ao longo do jogo. Nós falhámos em situações determinantes, mas foi o primeiro jogo da época e tivemos uma pré-época um pouco conturbada, o que acabou por se reflectir neste jogo, em que acabámos por falhar em situações determinantes e, esses pequenos erros que cometemos tiveram, naturalmente, o seu reflexo no resultado do jogo”.

 

Eram duas equipas já conhecidas, não havia nenhuma surpresa, disse. “Houve sim, algumas lesões, da nossa parte, que nos condicionaram neste jogo, mas os que cá estiveram lutaram. Não conseguimos, ficará para a próxima oportunidade. A equipa do São Francisco errou menos e conseguiu uma vitória merecida. Agora temos o campeonato pela frente, competição onde queremos revalidar o título regional”.

 

Afinal, a presença de duas equipas do Juventude de Évora nas finais de seniores deixa a perceção de alguma hegemonia dos azuis e brancos a este nível, contudo Damião Arranja fez notar que “o Juventude sempre privilegiou as equipas seniores mas, este ano, será um tempo de mudança. Estamos a privilegiar, cada vez mais, a nossa Academia. Já temos cinco escalões a competir, é uma novidade para o Juventude e, neste momento, sem perdermos o foco nos seniores, como é óbvio, queremos muito valorizar a Academia, sem que isso seja desculpa para o que aconteceu hoje, em que as duas equipas foram finalistas vencidas”.

 

Chegado o momento de darmos a palavra aos vencedores, ouvimos o treinador do Albufeira, Jorge Carmo, confirmar o que já se esperava: “Tivemos muito mérito, entrámos muito bem no jogo, vínhamos a pensar sentir algumas dificuldades, como o jogo acabou por demonstrar, e temos que admitir que não foi fácil, apesar do resultado. Mas temos uma equipa muito jovem”, admitindo, porém, que “o adversário não entrou muito bem no jogo, o resultado do primeiro set demonstra-o, e nós aproveitámos bem esse factor. Tivemos sempre a equipa motivada, contudo, quando alterámos o conjunto, para colocarmos a jogar as miúdas mais novas, a equipa adversária ganhou algum fulgor e começou a crescer, embora tivéssemos sempre o jogo controlado”.

 

O treinador do São Francisco, Renato Silva, começou por admitir que sabiam que a equipa de Évora, ”ainda que se apresentasse com a falta de alguns atletas do ano passado, é sempre uma equipa que defende muito e trabalha muito bem na defesa. Complica bem o nosso nível de jogo, mas preparámo-nos nesse aspecto e estivemos bem. No terceiro set estávamos preparados para que o Juventude desse tudo porque, se perdesse, já não conseguiria ir ‘à negra’. Portanto, motivaram-se, estiveram fortes, mas no quarto conseguimos manter o nosso jogo, vencemos o jogo e arrumámos a questão a nosso favor”, concluiu o técnico dos vencedores.

 

 

Comentários