Diário do Alentejo

O evento Mértola Radical 2022 excedeu as expectativas da organização

21 de agosto 2022 - 12:00
A marcar a diferença...
Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

O Mértola Radical é já um evento de referência, com enorme procura e participação no mês de agosto . Canoagem e caminhada noturna, bungee jump, flightline, catapulta e slide e, este ano, a novidade do efoil. Emoção e aventura com a natural promoção daquele território.

 

Texto Firmino Paixão

 

Adrenalina não faltou nesta edição do Mértola Radical, um evento promovido, anualmente, pelo município de Mértola, com desportos radicais e de aventura, para todas as idades. O rio, e a ponte sobre o Guadiana, e a Tapada da Mina de São Domingos foram, uma vez mais, os palcos de excelência para as atividades, cada vez mais atrativas, que a organização proporciona a quem, por esta altura, procura refrescar-se neste território.

 

Rosinda Pimenta, vereadora do município de Mértola com o pelouro da cultura e do desporto, adiantou ao “Diário do Alentejo” que “todas as atividades esgotaram, com muita gente a aderir desde a caminhada noturna ao bungee jump ou à canoagem noturna no Guadiana. Um conjunto de atividades, muito diversas, para os mais aventureiros. No fundo, para assinalar que no Alentejo existe calor, mas não só, também temos aventura e uma oferta que é adaptada a todas as idades e, neste caso, até aos públicos mais jovens, mais audazes. Portanto, foi um regresso muito esperado, para marcar também a retoma de muitas outras atividades que estiveram interrompidas por conta da pandemia e, como se viu, um regresso com uma adesão muito grande por parte das pessoas o que, no fundo, revela a vontade que as pessoas têm de sair de casa e de aproveitar a vida, e já agora, que a aproveitem em Mértola e no Alentejo”.

 

O grande rio do sul e o plano de água da Mina de São Domingos são os palcos privilegiados do evento.

 

“Nós valorizamos aquilo que são os nossos recursos naturais, neste caso, o rio, mas também a albufeira da Tapada da Mina de São Domingos, dois ex-líbris do concelho, que representam também uma oferta daquilo que é o turismo possível em Mértola, no verão, para fugirmos daquilo que é tradicional, as praias do sul do país. Temos aqui uma excelente oferta que, depois, se complementa com outro tipo de atividades, como a gastronomia, um programa cultural também muito diverso, o que faz de Mértola, em particular, e faz do Alentejo, um excelente destino para as férias dos portugueses e não só, porque temos também muitos visitantes, sobretudo aqui da vizinha Espanha. No fundo, somos nós também a marcar a diferença e a nossa resiliência, enquanto território, e enquanto destino e opção para o calor do verão, mas também com muitas possibilidades de as pessoas se refrescarem nas nossas águas frescas do Guadiana e da Tapada da Mina de São Domingos, obviamente com segurança. E quero desejo desejar a todos os que estão por cá, boas férias e bom regresso às suas origens, e pedir que, sempre que possível, venham ao Alentejo recarregar baterias”.

 

Na edição deste ano, o efoil (prancha voadora, na foto) foi a grande novidade, anuiu a autarca. “Teve bastante adesão e, portanto, será para repetir. No próximo ano teremos que procurar mais aventuras e mais desafios, iremos renovando a nossa oferta e criando novos atrativos e novos motivos para as pessoas virem ao nosso concelho”, Mas, afinal, sendo Mértola um território com tanta diversidade museológica e vestígios de outras civilizações, também tem condições naturais e de excelência para a prática de desportos radicais. Parece uma contradição mas, se calhar, será uma complementaridade. “Claro, e isso é fazermos valer os recursos que nós temos aqui presentes”, garantiu Rosinda Pimenta. “

 

Por um lado, o património, a cultura que, no fundo, tem o seu ex-líbris no trabalho e no conteúdo do Museu de Mértola, nos seus diferentes núcleos museológicos, mas também a cultura, na sua contemporaneidade, com um programa de animação cultural que vamos apresentando e desenvolvendo ao longo do ano, como aconteceu nestes dias na Mina de São Domingos, com um concerto, de casa cheia, que dá nota desse vigor cultural que vamos mantendo”.

 

A autarca prosseguiu, recordando: “Depois, aquilo que são os nossos recursos naturais. Estamos numa área de Parque Natural, com um entorno natural magnífico, somos um refúgio de biodiversidade único e fazemos valer, e valorizar, todo esse património através daquilo que é o turismo de natureza, no fundo, aquilo que foram algumas das atividades previstas no Mértola Radical, mas depois também o cycling, o trail, a observação de aves, o dark sky. Temos um céu maravilhoso, por conta da baixa poluição luminosa que temos aqui, e há um conjunto de atividades que podem ser aproveitadas em Mértola, fazendo valer o património que aqui temos presente”, concluiu.

 

Bruno Silvestre foi um dos aventureiros cujas emoções registámos após a sua experiência em flightline (salto em queda livre). “O flightline correu muito bem, é adrenalina no expoente máximo, gostei imenso, é uma sensação de queda livre. Os meus avós eram aqui de Mértola e eu passava aqui os meus verões e, de vez em quando, regresso aqui a Mértola e à Mina de São Domingos, para recordar um bocadinho esses tempos porque me sinto bem aqui”.

 

Hélder Simão nasceu em Moreanes e apanhámo-lo na prancha voadora. “O efoil despertou-me curiosidade e, como adepto de desporto, vim experimentar. Gosto imenso de desportos radicais e fiquei feliz por me ter estreado. Foi muito bom, muita adrenalina e uma grande sensação de liberdade. Os meus pais vivem por cá e, de vez em quando, venho ao Alentejo para matar saudades destes locais, rever os familiares, conviver com os amigos e desfrutar de novas culturas e atividades diferentes. É sempre bom desfrutar deste concelho maravilhoso”.

 

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