O Atlético Clube de Albufeira, em seniores femininos, e a Associação Desportiva do Alentejo, em seniores masculinos, conquistaram as supertaças 2023/2024 da Associação de Voleibol do Alentejo e Algarve.
Texto e Foto | Firmino Paixão
O Pavilhão Municipal de Desportos António dos Anjos, em Castro Verde, recebeu as duas últimas competições ainda relativas à época desportiva de 2023/2024: as supertaças da Associação de Voleibol do Alentejo e Algarve (AVAL), nas categorias de seniores femininos e masculinos.
A primeira das finais disputou-se entre as formações femininas do Atlético Clube de Albufeira (ACA), vencedora da Taça AVAL, e o Juventude Sport Clube (JSC), campeão regional, terminando com o triunfo da equipa algarvia, por 3-1, com parciais de 25-16,25--18, 22-25 e 25-12. A supertaça masculina juntou a Associação Desportiva do Alentejo (ADA), de Évora, campeã regional e vencedora da Taça AVAL, e a Associação Desportiva Fénix (ADF), de Loulé, finalista vencida da taça, concluindo-se com uma vitória clara dos eborenses, por 3-0. Dois triunfos naturais, em função daquilo que foi a prestação das equipas que se apresentaram na competição. A época desportiva de 2024/2025 arrancará já neste fim de semana para uma maratona de três centenas de jogos nos diferentes escalões e géneros.
Na hora de tomar o pulso às emoções de vencedores e vencidos, ouvimos a treinadora do Juventude, Sara Rosmaninho, garantir: “O nosso objetivo era vencer, é isso que queremos em todos os jogos, porém, este foi o primeiro jogo da época, temos algumas jogadoras novas na equipa e o jogo não nos correu como gostaríamos. Mas jogámos bem e ao terceiro set conseguimos equilibrar e levar o jogo para outro nível, mas depois a ansiedade quebrou-nos um pouco o ritmo e não conseguimos melhor”.
Marco Malha, técnico do Albufeira, recordou: “Começámos muito bem. Vencemos os dois primeiros sets e conseguimos impor o nosso ritmo de jogo. Mas estamos no princípio da época, momento em que se cometem sempre alguns erros e o nível de concentração não é o melhor, por isso, no terceiro set deixámos a equipa adversária crescer. É uma equipa bastante forte, mas conseguimos vencer e julgo que foi um triunfo justo”.
Na final masculina, o técnico dos vencidos, Frederico Alcaria, admitiu: “Tentámos contrariar o favoritismo da equipa eborense, eles têm uma grande equipa, jogadores que estão juntos há bastante tempo, é uma equipa difícil de bater, no entanto, tentámos, mas não conseguimos. Também viemos um pouco desfalcados, estamos ainda a iniciar a época e a maior parte dos nossos jogadores ainda é inexperiente”.
No lado dos vencedores, Daniel Madureira (ADA) não teve dúvidas: “Foi um triunfo justo. Na época passada trabalhámos imenso para vencer o campeonato e conquistar a taça e a conquista da supertaça foi o culminar de um trabalho de quatro anos de dedicação. Vamos para o quinto ano com a mesma equipa e os mesmos jogadores, a promover a cidade de Évora e a região, e continuamos a trabalhar para trazermos novas valências para dentro do grupo, neste ano, também com a ajuda da Universidade de Évora e da sua associação de estudantes”.
O coordenador técnico da AVAL, Ruben Lança, comentou o nível competitivo das finais, argumentando: “Podemos dizer que competiram aqui algumas das melhores equipas. Neste momento já temos um conjunto de equipas bastante boas, pois, nos últimos anos, o nível tem vindo a subir de uma forma acentuada. Se esta conversa acontecesse há cinco anos nem poderíamos dizer que estas equipas estavam entre as melhores, diríamos que eram efetivamente as melhores. Agora não, porque temos já um leque de equipas muito competitivas e estiveram hoje aqui quatro delas. Como a qualidade vai aumentando ao nível da formação, e porque temos mais equipas a competir nos diferentes campeonatos, isso reflete-se nas equipas seniores, proporcionando momentos com a qualidade que se viu nestas duas finais da supertaça”. Quanto aos resultados, admitiu que foram os esperados. “No feminino, quem acompanha saberia que o jogo seria equilibrado e que o triunfo poderia cair para qualquer dos lados. O Albufeira e o Juventude são duas equipas fortes, que lutam sempre pelo título regional. Acredito que, na próxima época, voltarão a estar as duas nessa luta, mas o Albufeira, hoje, foi superior e mereceu a vitória. No masculino, a Associação Desportiva do Alentejo, que tem uma equipa mais consistente e consolidada, que está junta desde os tempos em que estavam associados ao Juventude de Évora, foi realmente superior e até não terei grandes dúvidas de que voltará, nesta época, a lutar pela subida de divisão. Mas, sim, foi uma belíssima jornada de competição em voleibol, deixo mesmo o convite a quem puder acompanhar estas competições, porque temos já uma qualidade fantástica!”. Virou-se uma página e agora está aí a nova época desportiva de 2024/2025, admitiu: “Sim, na próxima semana começarão os nossos jogos das fases regionais e nacionais, relativos à época desportiva de 2024/2025, onde teremos mais de 300 jogos numa primeira fase, batendo mais uma vez todos os recordes. Só podemos estar felizes com esta dinâmica que a modalidade alcançou, esperando uma época fantástica com todos os escalões femininos em competição regional e nacional”.