Ao leme de uma embarcação que patenteia libertar-se em navegar num mar onde as eventuais crispações das ondas geram acidentais e, quiçá, inábeis interpretações, Carlos Alberto Pereira, presidente da direção, bem como a sua equipa de trabalho, a que se juntaram funcionários e colaborares da Associação de Futebol de Beja (AFBeja), levaram a efeito, no pretérito dia 21, sábado, a 31.ª Gala dos Campeões, que, por deliberação do atual executivo, se realizou em Vidigueira, dado que existiu um intercâmbio com câmara local que terá, pressupostamente, contribuído para o aliviar dos custos financeiros. Sabendo-se que o objetivo do novo elenco diretivo passa pelo descentralizar da elevada circunstância que anualmente é levada a efeito, ou seja, que este fantástico acontecimento passe por diversos locais regionais sul-alentejanos, um padrão agora trabalhado e, logicamente, pensado.
Conhecendo, ao pormenor, um legado que teve o seu início o ano de 1994, quando Fernando Dionísio, então presidente da direção, e Delmiro Palma, diretor do jornal desportivo “O ÁS”, se lançaram em tamanha aventura, que somos frequentadores assíduos nas suas realizações. Sabemos a forma como a excelente iniciativa evoluiu ao longo do tempo, assim como tudo se foi adaptando aos contextos contemporâneos, admitindo, porém, que o elencar de novas ideias fez da Gala do Campeões uma exequível realidade.
Pessoalmente, prezo pela ideia, comungo com a decisão, os clubes também, e a verdade é que quando os ventos sopram favoráveis, o cereal sai mais limpo numa eira onde os homens rejubilam com a importância das sementes colhidas e o povo, sempre expectante, agradece. A circundante física do último encontro, mercado municipal vidigueirense, local onde, aliás, o acontecimento ocorreu, trouxe uma forma empreendedora a um evento que tende se manter firme nos seus diversos e contemporâneos modelos.
Deste modo, o elenco diretivo da AFBeja mandatado para os próximos quatro anos propõem-se em diversificar a iniciativa, colocando como prioridade uma maior aproximação com os filiados. A gala é, por isso, um momento nobre no qual dirigentes e atletas dos clubes se reúnem e debatem matérias implícitas que a cada um diz respeito. Por outro lado, é deveras relevante considerar que envolver as autarquias num acontecimento que é de todos e para todos no que concerne, em concreto, ao conteúdo protocolar do fenómeno desportivo, é algo a enaltecer.
E numa noite que foi de entrega dos merecidos troféus, realcemos os protagonistas que foram merecedores de reconhecimento, pelo facto de terem sido personagens cujo comportamento no decorrer de um jogo de futebol foram contemplados com o ambicionado cartão branco, aquele que simboliza gestos corretos e de abnegação para com o fenómeno desportivo. Sejamos, pois, adeptos fiéis de atitudes corretas para todos os intervenientes de um espetáculo que se requer sereno, não obstante as emoções que cada jogo desperte. A Gala dos Campeões da AFBeja é, e será, um acontecimento que continuará a elevar o nosso futebol distrital.