Em honra ao antigo navegador português Vasco da Gama, descobridor do caminho marítimo para a Índia (1497-1499), Vidigueira, terra rodeada de numerosos vinhedos e cujo solo é alcunhado como o “País das Uvas”, deparou-se com a chegada do jogo da bola à localidade em finais de 1932 e logo se propôs que o nome da coletividade fosse dignificar o clássico chefe da armada que desbravou “mares nunca dantes navegados”, chegando, com sucesso, a um local desconhecido.
Calcorreando os epicentros de uma biografia verídica, sabe-se que na Sociedade União Recreativa Vidigueirense, antes Sociedade Democrática Vidi-Fradense, se fundou um grupo chamado “Desportivo”, sendo que os treinos eram feitos numa eira nas proximidades da vila. Em 1933, sob a tutela de José António Guerreiro Pinto, acompanhado por outros companheiros de jornada, fundou-se o Vasco da Gama Futebol Clube, um grémio que no dia 1 de outubro de 1945 viu, oficialmente, a luz do dia.
Após a Revolução dos Cravos, a 25 de Abril de 1974, Justo Galinha, Arnaldo Góis, António Bonito, José Maria Aniceto e António Galvão, de entre outros, regozijaram o povo com a dinâmica do futebol na terra. O percurso do Vasco da Gama gere-se por magníficos momentos doados ao desporto distrital, quer na componente da formação, quer em seniores, incluindo nesta panóplia de certezas a brilhante participação da formação de andebol, em épocas anteriores, neste território lusitano e onde chegou a grandes palcos nacional.
A equipa principal, no que concerne em concreto ao futebol, tem vindo a ganhar lugar no cenário regional, um espaço, aliás, onde os resultados falam por si, conferindo-lhe o direito que as suas prestações ganharam uma efetiva consistência. Basta que recordemos a sua passagem pelo Campeonato de Portugal, uma prova que na época de 2023/2024 aconteceu a sua descida ao distrital da primeira divisão da Associação de Futebol de Beja (AFBeja), mas sendo que essa passagem foi efémera, dado que na presente temporada, 2024/2025, se sagrou campeão o que motivou, obviamente, o seu regresso à competição nacional.
O treinador, Ricardo Vargas, contou com um grupo de trabalho de primeira água, incutiu-lhe vontade para que o objetivo fosse exclusivamente o da vitória, os métodos do trabalho foram garantidos, a equipa correspondeu e, no final, entoou-se o grito de campeões. Com o título conquistado, eis que na próxima época, 2025/2026, a equipa regressará ao campeonato de Portugal, uma prova da Federação Portuguesa de Futebol, e o Estádio Municipal de Vidigueira voltará a regozijar o seu público numa competição nacional.