Diário do Alentejo

João Catrapona
Opinião

João Catrapona

José Saúde, jornalista

17 de dezembro 2022 - 12:00

João Francisco Claro Catrapona, 30 anos feitos no pretérito mês de outubro, nasceu em Beja e é oriundo de uma família, clã Catrapona, onde a universalidade da modalidade de patinagem é-lhe sobejamente conhecida. Seu pai, João Catrapona, fora outrora hoquista, como guarda-redes, e é atualmente secretário-geral da Associação de Patinagem do Alentejo; a mãe, Maria de Aires Catrapona, foi dirigente do Clube de Patinagem do Beja e da associação; sua irmã, Ana Luísa, atleta de patinagem artística e juíza; seu tio, Joaquim Catrapona, um árbitro de excelência que atingiu o supremo neste território luso, sendo, depois, dirigente da Federação de Patinagem de Portugal; sua tia, Jacinta Catrapona, é vice-presidente da associação para a patinagem artística; sua prima, Rita Paiva, uma patinadora pautada com um grau competência extraordinária, foi, mais tarde, selecionadora da associação e é, hoje, juíza de patinagem artística a nível nacional; Afonso Catrapona, seu primo, foi patinador de patinagem artística e de corridas em patins; finalmente, a celebridade que vos trago a esta página e que tive, recentemente, a oportunidade de observar ao vivo num canal televiso, João Catrapona, arbitrando o jogo entre o Sporting e o Óquei Clube de Barcelos. Para que façamos a história verídica e consensual do seu já amplo currículo, assumido, em meu entender, como enorme, tendo como linha conta a sua margem de progressão, o João iniciou-se, com seis anos, no Desportivo de Beja, emblema onde atuou nos escalões de formação e representado, também, o Clube Desportivo de Almodôvar, em juniores.

Em 2012, João Catrapona, harmonizando a sua colossal simpatia pela modalidade que cedo abraçou, frequentou o curso de árbitros, passando a partir dai a figurar no quadro de árbitros regionais; em 2015 foi promovido ao Quadro Nacional B da Federação de Patinagem de Portugal; em 2019 subiu ao Quadro Nacional A e em setembro de 2022 assumiu o estatuto de Internacional. No que diz respeito a algumas das suas atuações, o João foi um dos árbitros nomeados para as quatro edições da Ellit Cup, prova disputado no início da época e que reúne os oito primeiros classificados do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, sendo duas delas disputadas em Portimão e as outras em Tomar. Neste contexto, poder-se-á afirmar, e com justíssima legitimidade, que o João Catrapona é, indiscutivelmente, um ilustre sucessor de uma elite de árbitros bejenses que se afirmaram por terras lusas e de além-fronteiras, onde ressaltam os nomes de Manuel Soares e Jaime Vieira que conquistaram o auge como internacionais, não esquecendo, porém, o seu tio, Joaquim Catrapona, António Fialho e João Martins que lograram atingir o Quadro Nacional A. Ovacione-se, igualmente, a passagem de Luciano Reis e José Felício como árbitros na 1ª Divisão Nacional. Resta desejar ao João sucesso na arte de bem apitar numa modalidade que sempre dignificou: o hóquei em patins!

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