Cada terra é o resultado das suas dinâmicas sociais, culturais, desportivas, associativas, científicas, económicas e políticas. As terras mais comuns dependem sempre e muito da soma das qualidades das pessoas que nelas vivem ou com elas interagem. É costume dizer-se que só faz falta quem está. Mas este ditado, fruto de uma sabedoria popular algo bairrista, é um erro de avaliação quando aplicado a este contexto. Evidentemente que faz muita falta quem está.
Evidentemente que devemos louvar aqueles que gerem cada comunidade e mantêm viva a identidade local. Costumo dizer que a Escola é o rascunho da vida, é nesse espaço e nesse tempo que a essência do ser humano se define, é aí que a moral, os valores, a introspeção, a solidariedade, a inteligência, a assertividade, o compromisso e a competência ganham forma. A razão está do lado de quem parte, isso é inquestionável e é um direito absoluto, há rascunhos que têm de ser aprimorados noutro lado, a terra onde vivem não é suficiente para levar a cabo os planos e realizar os sonhos. Mas isso não invalida que não possamos fazer um exercício teórico e colocar as seguintes perguntas: Como seria a nossa terra se aqueles com grandes capacidades cognitivas e conhecimentos técnicos não se fossem embora? Como seria a nossa comunidade se aqueles brilhantes alunos permanecessem, ou ao menos voltassem, e contribuíssem para o nosso desenvolvimento social, cultural, desportivo, associativo, científico, económico e politico?