Diário do Alentejo

No caminho das estrelas
Opinião

No caminho das estrelas

José Saúde, jornalista

26 de janeiro 2022 - 14:30

Beja é uma urbe onde os exemplos na formação de atletas sempre se eternizaram. À memória surgem-me nomes de desportistas, e de outros intervenientes no espetáculo da bola, onde as suas potencialidades foram referências de relevo. Seria fastidioso enumerar todos um por um, pois poderíamos cair num pântano em que o escriba, por razões de respeito, terminantemente recusará, por falta de espaço.

Porém, existem alguns dos nomes de jogadores de futebol “paxjuliano” que nunca deverão ser arrumados para um exonerado recanto. No futebol sénior assinalamos Mário Montez (Luso) que transitou para o Vitória de Setúbal; Carlos Aleixo (União), Manuel Ameixa (Despertar) e Zé Rosa (Desportivo) que viajaram para o Elvas, quando o emblema disputava os campeonatos da primeira e segunda divisões nacionais, sendo que Manuel Ameixa jogou também no conjunto sadino; Carlos Torpes, que saiu do Despertar para o Vitória de Setúbal; Osvaldinho do Desportivo de Beja para o Vitória de Guimarães, onde atingiu o patamar de internacional A; Faustino do Desportivo para o Barreirense, seguindo-se o União de Tomar, um grémio onde se afirmou categoricamente.

Num outro âmbito, o futebol de formação regista: Rousseau do Desportivo parao Benfica; Teixeira do Despertar também para o Benfica, e que chegou a internacional júnior; os ex-internacionais juniores Cano Brito (Despertar, Benfica e Sporting); e Chico Fernandes (Zona Azul e Vitória de Setúbal); Rolim (Zona Azul) internacional juvenil; Caetano que transitou do Desportivo para o Belenenses; Vaz Lança (Despertar, Sporting e Benfica), o autor da crónica (Despertar e Sporting); Vítor Madeira, originário dos escalões jovens do Desportivo e que brilhou no Vitória de Setúbal; Agatão, Zé António e Juanito, que transitaram do Desportivo para o Elvas, aquando os elvenses militaram no escalão supremo lusitano, ou quando foram protagonistas da louvável subida; Targino e João Aurélio que rumaram ao Vitória de Guimarães e que acumularam brilhantes passagens pelas seleções jovens de Portugal, mas sendo eles provenientes do Desportivo e Despertar; Joy do Desportivo para o FC Porto.

Presentemente destacamos, de entre outros, Rodrigo Viola para o Sporting, com passagens pela seleção nacional de sub-16; Filipe Teixeira (FC Porto); e Diogo Marques (Académica), convocado para a seleção nacional de sub-18, sendo que os três tiveram como berço o Despertar. Na arbitragem fomos magníficos. Mário Alves, Rosa Santos e Veiga Trigo, transportaram no peito as insígnias de internacionais da FIFA e da UEFA. Eles, que pertenciam ao Conselho Regional de Arbitragem da Associação de Futebol de Beja visto pelos senhores de colarinho alto como uma associação de menor projeção, mas provaram em campo que o seu engenho e arte em ajuizar uma partida foram literalmente respeitados. E foi assim que passeámos pelo caminho das estrelas, mas sendo todas elas oriundas de uma cidade onde as referências são imensas.

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