Diário do Alentejo

Viemos abanar o xadrez político
Opinião

Viemos abanar o xadrez político

Gonçalo Valente, presidente da distrital do PSD

06 de outubro 2021 - 15:00

O balanço destas autárquicas é positivo para o PSD, atingimos os objetivos aos quais nos propusemos, aumentar o número de eleitos, fazer com que o PSD fosse respeitado no distrito e deixar condições para que seja possível disputar autarquias em 2025. Viemos também abanar o xadrez político existente até agora e alimentar aquele que é o nosso principal objetivo, reafirmar e dignificar o PSD no distrito.

 

Os resultados demonstram que as pessoas vão dando o seu grito de revolta aos poderes instalados e que nos próximos anos as coisas tendem a mudar para projetos disruptivos, inovadores e, acima de tudo, que sirvam verdadeiramente as pessoas. Houve resultados que nos dizem que não há certezas absolutas e a imprevisibilidade é cada vez mais um fator com que as forças políticas devem contar.

 

O PSD tentou oferecer às pessoas os melhores candidatos e os melhores projetos. Houve uma preparação deste ato eleitoral com bastante antecedência, procurámos fechar os processos o mais depressa possível para que os candidatos tivessem todas as condições para desenvolverem boas listas e fazerem uma boa campanha. Temos tentado também mostrar uma imagem renovada do partido, procurámos integrar a sociedade civil nos processos e, passado o sufrágio de domingo, podemos afirmar que a estratégia resultou. Apesar de não termos conquistado qualquer órgão autárquico, ficámos numa posição decisiva e privilegiada nalguns.

 

Em Beja tínhamos a expetativa de podermos eleger o segundo vereador, dada a qualidade da lista e a forma entusiasmante como foi feita a campanha. Foi para mim uma surpresa não termos alcançado esse objetivo, faltou pouco. Alvito foi para mim uma surpresa também, pelo vencedor, e por não termos conseguido eleger um vereador. Apresentámos uma lista renovada, jovem e com muito valor, foi para mim surpreendente. Foram talvez os resultados mais surpreendentes.

 

Os próximos quatro anos serão um tempo de oportunidades. Vamos ter vários desafios, onde cada autarca deve estar preparado para potenciar da melhor forma o seu concelho. Temos os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência que, com uma visão estratégica, pode vir a dar um abanão no conformismo que temos verificado nas autarquias do distrito. Creio que quem conseguiu ganhar estas eleições vai ter uma posição muito privilegiada para ganhar as próximas.

 

Quanto a alianças, essa é uma questão que ainda vai ser discutida em sede de Comissão Política Distrital muito brevemente. A minha opinião é que tudo deve ser analisado casuisticamente. Não fechar a porta a nenhum cenário e decidir de acordo com os interesses das pessoas e do respetivo concelho.

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