Diário do Alentejo

Teixeira Correia
Opinião

Teixeira Correia

José Saúde, jornalista

09 de julho 2020 - 12:10

É um homem do ciclismo e speaker da Volta a Portugal em Bicicleta, de entre outras jornadas velocipédicas onde a sua voz se faz ouvir com altivez. Neste capítulo, tiro-lhe o chapéu já que o mertolense percebe da “poda” e a sua dicção é sublime quando pormenoriza a carreira de um corredor de craveira mundial. Trata-se, no fundo, de um convincente investigador de uma modalidade que ao longo dos tempos se tem afirmado num firmamento onde proliferam enormes estrelas. Todavia, a sua rampa de lançamento para o cosmos desportivo foi o futebol, nomeadamente a arbitragem.

 

António Teixeira Correia nasceu a 4 de novembro de 1958 em Mértola e o seu ingresso no universo do apito deu-se a 4 de novembro de 1976, no dia em que completava 18 risonhas primaveras. Na época de 1979/80 foi indicado pelo Conselho Regional de Arbitragem da Associação de Futebol de Beja ao quadro de acesso da Federação Portuguesa de Futebol, mas a sua promoção como árbitro de terceira divisão nacional só ocorreu na temporada de 1982/83.

 

Na época de 1985/86 foi despromovido, só que o regresso aos distritais foi efémero e, na época seguinte, regressou aos quadros nacionais. Em 1989/90 ascendeu à II Divisão Nacional e o auge da carreira foi atingido quando em 1996/97 subiu ao escalão supremo conquistando o estatuto de árbitro de primeira categoria. A sua irreverência pessoal ter-lhe-á sido cruel, visto que a sua permanência no grau supremo foi fugaz. Ficou, contudo, a performance da elevada experiência ao ver-se envolvido no meio de companheiros que foram protagonistas de excelentes carreiras nacionais e internacionais.

 

Recapitulando o majestoso painel onde as datas civis se apresentam proeminentes, Teixeira Correia iniciou-se como auxiliar numa equipa liderada por Rosa Santos num jogo de juvenis entre o Vilafradense e o Mineiro Aljustrelense e como árbitro principal num desafio que opôs o Desportivo de Beja e o Vasco da Gama da Vidigueira no escalão de juvenis. A 25 de setembro de 1983 estreou-se como juiz de campo principal na terceira divisão num encontro entre o Alvorense e o Lusitano de Évora; a 9 de setembro de 1990 na segunda, num desafio onde se defrontaram o Campomaiorense e o Santa Clara dos Açores; e a 27 de novembro de 1997 ei-lo no palco supremo do futebol nacional num duelo, em Alvalade, entre o Sporting e o Estrela da Amadora.

 

A 26 de agosto de 1999 fez, ainda, uma estreia como quarto árbitro da UEFA Cup num jogo entre o CE Internacional (Andorra) e o Viking FC (Noruega).

 

Pesquisando a sua atuação em termos nacionais, Teixeira Correia, como árbitro assistente (o antigo fiscal de linha), iniciou-se com o antigo árbitro internacional Veiga Trigo numa época em que o bejense foi considerado como o melhor árbitro do ano para toda a imprensa nacional.

 

Hoje, Teixeira Correia é jornalista e trabalha para o “Jornal de Notícias” (“JN”), sendo, também, detentor de um jornal online, em Beja, que dá pelo nome de “Lidador Notícias”.

Comentários