Diário do Alentejo

Hospital de Serpa vai ter unidade médico-cirúrgica de 3,7 ME

24 de julho 2019 - 14:55
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O hospital de Serpa, gerido pela misericórdia, vai ter uma unidade médico-cirúrgica, num investimento de 3,7 milhões de euros, para substituir o bloco operatório desativado há 14 anos e reduzir listas de espera do Serviço Nacional de Saúde.

Trata-se de uma unidade médico-cirúrgica "construída de raiz e na vanguarda da tecnologia", que vai substituir o bloco operatório do Hospital de São Paulo, desativado em 2005, disse à Lusa António Sargento, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Serpa (SCMS).

Além de operar utentes de vários subsistemas de saúde, um dos "objetivos fortes" da unidade é "dar resposta a necessidades e reduzir listas de espera para cirurgias do Serviço Nacional de Saúde" (SNS), sobretudo dos hospitais do Alentejo e do Algarve, frisou.

Por outro lado, adiantou, a unidade também poderá operar utentes do SNS de outras regiões desde que estejam referenciados para cirurgia, tenham recebido um vale cirurgia e escolham o Hospital de São Paulo para serem operados.

A resposta a necessidades do SNS, explicou, será dada no âmbito do acordo de cooperação celebrado em 2014 e que permitiu passar em 2015 a gestão do Hospital de São Paulo da esfera pública, a cargo da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, integrada no SNS, para a do setor social, feita pela SCMS.

Através de uma adenda ao acordo, assinada em 2018, a abrangência do Hospital de São Paulo, que continua a ser uma reposta do SNS, mas é gerido pela SCMS, foi alargada a utentes dos hospitais e centros de saúde públicos dos distritos de Beja, Évora e Faro.

Desta forma, quando não tiverem capacidade de resposta, aqueles hospitais e centros de saúde podem enviar utentes para receberem cuidados no Hospital de São Paulo, nomeadamente, consultas externas, cirurgias, meios complementares de diagnóstico e terapêutica e atendimentos de urgência e nas especialidades de Cardiologia, Otorrinolaringologia, Dermatologia, Oftalmologia, Ortopedia, Urologia e Radiologia.

A unidade, que começou a ser construída em junho, fora do edifício do Hospital de São Paulo e num terreno junto à Unidade de Cuidados Continuados de Senhora de Guadalupe, gerida pela SCMS, deverá ficar concluída até ao final deste ano e começar a funcionar no início de 2020, disse o provedor.

Segundo António Sargento, a unidade vai ter uma sala cirúrgica e 12 camas e realizar cirurgias nas especialidades de Cardiologia, Dermatologia, Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia e Urologia.

O projeto de construção e equipamento da unidade implica um investimento de 3,7 milhões de euros, que será financiado através de um empréstimo bancário contraído pela SCMS e pela União das Misericórdias Portuguesas e deverá ser candidatado a cofinanciamento comunitário.

António Sargento disse também que o Hospital de S. Paulo vai ter a funcionar, a partir de sexta-feira, no seu edifício, um Centro de Cardiologia, onde serão prestadas consultas e feitos exames complementares de diagnóstico da especialidade, como ecocardiograma, eletrocardiograma, holter, prova de esforço e monitorização ambulatória da pressão arterial.

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