Diário do Alentejo

Falta de profissionais deixa farmácias em dificuldades

09 de julho 2019 - 15:00

O PCP questionou o Governo sobre o risco de as farmácias hospitalares do Alentejo deixarem de preparar medicamentos para quimioterapia, manifestando preocupação com os possíveis prejuízos para os doentes. Segundo os comunistas, a pergunta surgiu após "declarações da própria bastonária da Ordem dos Farmacêuticos", dando conta de que "a falta de recursos humanos, agravada com a falta de substituição em período de férias ou em situações de baixa por doença e parentalidade, pode por em causa a produção" dos medicamentos para quimioterapia.

 

Em causa, realçaram, estão as dificuldades que as farmácias hospitalares no Alentejo atravessam, especialmente a falta de recursos humanos, com destaque para as situações dos hospitais de Elvas, Portalegre e Beja. "O Grupo Parlamentar do PCP sublinha a sua preocupação com os prejuízos que daí podem decorrer para os doentes, uma vez que serão obrigados a deslocar-se a outras unidades hospitalares, em alguns casos percorrendo grandes distâncias", alertou o PCP.

 

Através da pergunta enviada ao Governo, os parlamentares comunistas querem esclarecer "o que justifica o agudizar dos problemas da falta de pessoal nas farmácias hospitalares do Alentejo e que medidas vão ser tomadas para garantir a contratação de pessoal e para evitar a rutura na produção de medicamentos para quimioterapia.

 

Em declarações à agência Lusa, em junho, a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, avisou que a falta de recursos põe os serviços de farmacêuticos de vários hospitais próximos da "linha vermelha" e pede que se olhe com atenção, por exemplo, para o Alentejo.

 

"Em quase todo o Alentejo, como os casos de Elvas, Portalegre e Beja há situações muito difíceis há muito tempo. Com o aproximar das férias do verão, com situações de baixa por doença e de parentalidade que não são substituídas, estamos à beira ter de deixar de produzir quimioterapia. Se acontecer em Elvas, por exemplo, os doentes têm de receber quimioterapia noutro hospital, o que implicará terem de fazer muitos quilómetros", avisou.

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