Texto Luís Godinho
Com 28 companhias de marionetas, oriundas de 11 países diferentes, a Bienal Internacional de Marionetas de Évora (BIME) propõe, até 9 de junho, um “programa ambicioso”. Ao todo serão 85 os artistas que irão atuar em espaços tão distintos da cidade como o Jardim Diana, o mercado ou o Teatro Garcia de Resende. Continuando com números: 73 sessões de teatro de marionetas ao longo de seis dias. E uma programação que dá especial atenção às expressões tradicionais e aos espetáculos dedicados ao público de todas as idades.
“Vamos receber, nas ruas e praças da cidade, uma companhia vinda da China, os Yangzhou Puppet Institute. Esta companhia é herdeira da mais cuidada tradição do teatro de marionetas chinês e tem um sério trabalho de pesquisa sobre esta arte milenar chinesa a sustentar as suas apresentações, absolutamente mágicas”, diz José Russo, diretor artístico da BIME.
O espectáculo Venti Contrari dos italianos Is Mascarredas, é outra das propostas em destaque. “Conta-nos uma história sobre a importância das marionetas, uma história delicada, baseada na história de duas irmãs que, na Itália do pós-guerra, construíram marionetas para dar vida a uma cidade”.
José Russo destaca ainda a passagem por Évora da companhia dinamarquesa Sofie Krog Teater com uma “história de amor e inveja, a história de um circo, o Circus Funestus, contada com recurso a dispositivos cénicos surpreendentes”.
A Companyia Jordi Bertran, de Espanha, a Fernán Cardama, da Argentina, o Teatro de Ferro, de Portugal, ou Teatro Hugo e Inês, do Peru, são outras das companhias que integram a programação deste ano.