Por seu lado, o representante do movimento de Eborenses em Defesa da Sua Cidade, Carlos Reforço, considerou que a construção de taludes poderá ter impacto negativo na tomada de vistas e que a opção três só é favorável ao nível de ruído e vibrações. “O estudo do corredor três é apenas favorável ao ruído e vibrações. A linha vai ser eletrificada”, observou, reconhecendo que “uma solução mais distante poderia ser mais benéfica”. Carlos Reforço defendeu também a criação de um cais de carga e de descarga, de modo a permitir o acesso ao parque industrial de Évora.
Já a Associação de Moradores da Garraia, pela voz de António Pereira, mostrou-se preocupada com a possível passagem de comboios no centro histórico da cidade alentejana, que é Património da Humanidade.
A solução dois tem uma extensão de 10 quilómetros afastando-se do centro da cidade de Évora, enquanto a solução três tem uma extensão de 11 quilómetros com o seu traçado a afastar-se ainda mais para este da cidade. A nova ligação ferroviária a construir entre Évora e Elvas pretende reforçar a conexão ferroviária dos portos e das zonas industriais e urbanas do sul de Portugal a Espanha e ao resto da Europa.
Este troço, chamado ‘missing link’, faz parte do corredor internacional sul, que ligará o porto de Sines à fronteira com Espanha, tendo o concurso público sido apresentado no final de março de 2018 pelo primeiro-ministro, António Costa, e o seu então congénere de Espanha, Mariano Rajoy. A conclusão da obra está programada para o primeiro trimestre de 2022, num custo de 509 milhões de euros (quase metade provenientes de fundos europeus), segundo o Ministério do Planeamento e das Infra-estruturas.