A administração da Vasp, empresa de distribuição, informou ontem, quinta-feira, que está a avaliar a possibilidade de ajustar a sua distribuição diária de jornais nos distritos de Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança.
Em causa está a “situação financeira particularmente exigente” resultado “da contínua quebra das vendas de imprensa e do aumento significativo dos custos operacionais”.
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal), António José Brito, em declarações à agência “Lusa”, mostrou-se incrédulo com a situação e admitiu que “o Governo tem a responsabilidade de resolver esta situação”.
“Vemos esta situação com profunda preocupação e total incredulidade. Temos dificuldade em aceitar que metade de Portugal, que é permanentemente esquecida e deixada para trás em tantas áreas, agora também deixe de ter o direito a estar informada e a ler jornais em papel”, admitiu.
Para o responsável, a confirmar-se esta possibilidade “para a imprensa regional do Baixo Alentejo, e de todo o interior, será uma quase ‘sentença de morte’, num país onde nunca houve, nem há, uma política série de incentivo à publicação, leitura e sustentabilidade dos jornais”.
A medida poderá entrar em vigor já a partir de janeiro de 2026. Recorde-se que, na região, o “Diário do Alentejo” poderá ser um dos órgãos de comunicação social afetados.