Diário do Alentejo

“Se em tempos houve divergências entre os habitantes das duas comunidades hoje essa situação está ultrapassada e ambas veem neste centro um apoio e um profícuo trabalho de inclusão”

01 de fevereiro 2025 - 08:00
Três Perguntas a Maria de Jesus Ramires, presidente do Centro Social, Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança (Cscrbe)

A propósito da recente tomada de posse enquanto presidente do  Centro Social, Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança (Cscrbe) o “Diário do Alentejo” conversou com a nova presidente, Maria de Jesus Ramires, sobre os objetivos que pretende alcançar durante este mandato, os recursos humanos que fazem andar as diferentes respostas e a relação da comunidade do bairro da Esperança, no seu dia a dia, com o centro social.

Texto | José Serrano

 

Tomou recentemente posse como presidente do Cscrbe. Quais os principais objetivos que espera alcançar até à conclusão deste mandato, em 2028?

Neste mandato iremos continuar a consolidar e melhorar as respostas sociais e ofertas para a comunidade que já estão em curso, numa perspetiva de promover a inserção social das pessoas e dos grupos mais vulneráveis. Continuaremos a fomentar a participação das famílias, das crianças, dos jovens e dos idosos nas ofertas que temos e a desenvolver atividades dinamizadoras da vida social e cultural da comunidade para a integração e criação de laços de solidariedade e entreajuda. Todo este trabalho tem criado uma dinâmica que, hoje, se confronta com um edifício construído há mais de duas décadas. É preciso ampliar as instalações, pois já não se consegue dar resposta à procura que temos e às necessidades identificadas. Sendo prioritária a segurança e o bem-estar dos nossos utentes, este executivo enfrenta o problema de falta de espaços. Este será o grande desafio deste mandato.

 

Como descreve a relação da comunidade do bairro da Esperança, no seu dia a dia, com o centro social, cultural e recreativo?

O centro foi concebido para trabalhar com famílias vulneráveis e carenciadas. Se em tempos houve divergências entre os habitantes das duas comunidades, bairro das Pedreiras e bairro da Esperança, hoje essa situação está ultrapassada e ambas as comunidades veem neste centro um apoio e um profícuo trabalho de inclusão, sobretudo, ao nível da participação das crianças e jovens. Há que realçar o aumento de número de sócios, o que prova a confiança que têm nos nossos serviços, nos funcionários e nos eleitos.

 

As respostas sociais e as atividades desenvolvidas pela instituição são a creche e o centro comunitário, espaço sénior, animação comunitária, observatório social, atendimento e acompanhamento social, cozinha e refeitório, balneários públicos, serviços administrativos e projetos. Em termos de recursos humanos, está o Cscrbe devidamente salvaguardado para poder desenvolver todas estas respostas?

 

Em termos de recursos humanos estamos a conseguir ter o número suficiente para os serviços que prestamos, para todas as atividades que desenvolvemos, pois temos contratado novos funcionários para que consigamos dar resposta, atempadamente, às necessidades da comunidade. Estes recursos foram sendo adquiridos ao longo do mandato anterior e esperamos que, neste, se venham a consolidar as respostas necessárias com os recursos humanos correspondentes. Embora tenhamos, já, um número significativo de funcionários, num total de 28, a verdade é que, por vezes, esse número pode parecer insuficiente, mas nunca deixamos de dar resposta ao solicitado pela comunidade através do louvável trabalho que tem sido desenvolvido pela equipa.

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