Três Perguntas a Álvaro Azedo, presidente da Câmara Municipal de Moura
A propósito da recente cerimónia de “hermanamiento”, no país vizinho, entre Moura e Rosal de la Frontera (Espanha) o “Diário do Alentejo” conversou com o presidente da Câmara Municipal de Moura, Álvaro Azedo, sobre o significado desta irmandade, os objetivos que congrega e os aspetos que, atualmente, contemplam esta relação de proximidade.
Texto | José Serrano
Decorreu, recentemente, no país vizinho, a cerimónia de “hermanamiento” entre Moura e Rosal de la Frontera (Espanha). Qual o significado desta irmandade e que objetivos congrega?Esta cerimónia celebrou o reconhecimento do povo de Rosal de la Frontera pelas relações de excelência que sempre se pontuaram entre ambas as localidades, as respetivas populações e os seus autarcas. Ao sermos homenageados desta forma tão carinhosa, damos, assim, um passo mais na ligação que, historicamente, sempre foi de grande empatia.
Que aspetos contempla, atualmente, a relação de proximidade entre as localidades de ambos os países?O aspeto das relações comerciais entre ambos os lados da fronteira é importante e os laços familiares que se têm vindo a estabelecer, ao longo de décadas e décadas, deixam um rasto de união entre os dois povos. No dia da homenagem tivemos a oportunidade de conversar com famílias que ficaram unidas pelos laços do casamento, portugueses que trabalham diariamente em Rosal de La Frontera, e de presenciar a satisfação destes pelo dia relevante que vivenciámos.
Podemos dizer que “de Espanha nem bom vento nem bom casamento” é um provérbio, definitivamente, ultrapassado na zona da raia mourense?O município de Moura tem sido, desde sempre, um parceiro de excelência dos seus congéneres da raia, sejam eles autarquias portuguesas ou espanholas. Temos essa tradição e honramos os nossos compromissos, procurando ser, continuamente, parte de uma relação estreita, próxima, e de grande assertividade para com todos. De modo que, desde que os ventos soprem para o mesmo lado e com a mesma intensidade, os casamentos serão sempre serenos e pontuados por uma grande empatia. José Serrano