O Parque de Feiras e Exposições Manuel Castro e Brito, em Beja, reuniu, entre os dias 23 e 24 de outubro, docentes e não docentes, alunos, técnicos, pais e agentes de educação para “fomentar a inclusão, a cooperação e a inovação nas escolas” através da “reflexão e partilha de boas práticas educativas”.
Texto | Ana Filipa Sousa de Sousa
A primeira edição das Jornadas da Educação, neste ano sob a temática “Incluir, associar e aprender”, teve, segundo Marisa Saturnino, vereadora da Câmara Municipal de Beja, um “balanço muito positivo”, com “cerca de 200 inscritos, fora as pessoas que não se inscreveram e que depois apareceram e foram ficando”. O intuito passava por “promover a reflexão e [a] partilha de boas práticas educativas” e “fomentar a inclusão, a cooperação e a inovação nas escolas”, sendo “um espaço de diálogo entre profissionais de educação, especialistas e toda a comunidade educativa”.
“É sempre importante debatermos assuntos que são determinantes para a construção de uma sociedade mais justa [e] equilibrada, temos de ir sempre melhorando as práticas educativas e, por isso, nada melhor do que termos especialistas dessa área e outras a trabalhar conjuntamente. Estas jornadas permitem que o nosso território tenha acesso a informação privilegiada que nos permita melhorar aquilo que é o trabalho desenvolvido nas nossas escolas, fazer uma autoavaliação do trabalho que é feito e repensar como é que se replicam determinados projetos que podem ter viabilidade, [quando] ajustados à nossa realidade”, começa por justificar ao “Diário do Alentejo”.
Este momento “teórico” permitiu abordar a diferenciação pedagógica e a flexibilidade curricular, as políticas educativas e os conhecimentos e competências na educação, assim como a parentalidade positiva, a capacitação parental e a relação entre pais e filhos. Ao mesmo tempo foram apresentadas diferentes experiências “transformadoras” no terreno, como o trabalho desenvolvido no Agrupamento de Escolas de Alcanena e os projetos “Beja educa + sucesso escolar”, “Sala snozelen – todos in”, “Cápsula do tempo”, “Mediação intercultural – intervenção comunitária e educacional no bairro das Pedreiras”, “MUDA_TT” e “O príncipe Rafael vai para a escola”.
“Acho que foi um evento que esteve bem organizado, foi bem conseguido e que queremos melhorar para o ano com outra visão mais detalhada do território do Baixo Alentejo”, garante a autarca com o pelouro da Educação.
Pensando no próximo ano, Marisa Saturnino adianta ser importante “dar uma perspetiva nova a cada ano” e que, por isso, o ensino profissional será um dos focos na próxima jornada, assim como a aposta em “novas sinergias junto das entidades parceiras a nível local, regional, nacional e, quem sabe, até trazer boas práticas de outros países”.
“A partir do momento em que se fizeram estas primeiras jornadas queremos agora, cada vez mais, ir melhorando e trazendo pessoas que tenham interesse para o debate, [porque] foi muito importante e um bom momento de reflexão [e] partilha entre vários especialistas para a construção de um ensino mais equitativo e de qualidade”, afirma.