Diário do Alentejo

“A ruralidade é um ativo fundamental da nossa oferta turística, mas temos de a trabalhar”

19 de outubro 2024 - 08:00
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Três Perguntas a José Manuel Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo

A propósito do evento Alentejo Walking Festival – Caminhadas do Alentejo, promovido pela Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, a decorrer desde dia 10 e até domingo, dia 20, o “Diário do Alentejo” conversou com o presidente, José Manuel Santos, sobre o intuito desde iniciativa, as oportunidades da mesma, bem como a ideia de uma região una que é passada aos participantes.

 

Texto | José Serrano

 

A decorrer desde dia 10, e prolongando-se até domingo, dia 20, o Alentejo Walking Festival – Caminhadas do Alentejo é o novo evento promovido pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERT). Pretende esta iniciativa dar a conhecer um “novo Alentejo”?Diria um Alentejo que está mais escondido, mais inacessível. Permite-nos enviar os turistas para zonas menos conhecidas, para que possam usufruir de spots mais exclusivos. Levar o turismo a todo o território, como também procuramos fazer com o nosso programa de autocaravanismo, é o grande objetivo. Para destinos como o Alentejo é uma vantagem importante explorar-se este turismo de “ar livre”.

 

Pode esta oferta turística vir a revelar novas “joias da coroa” do território?Acredito que sim. Os 47 percursos dão-nos inúmeros argumentos de venda do território. A ruralidade é um ativo fundamental da nossa oferta turística, mas temos de a trabalhar. Tem sido excelente o trabalho desenvolvido em parceria com os municípios, atuando estes como pilares da gestão dos percursos, focando-se a ERT, cada vez mais, na estruturação da comercialização, na promoção e na animação.

 

“Todo o Alentejo a caminhar” é o tema da iniciativa, no âmbito deste festival, marcada para amanhã, dia 19, e domingo, com os passeios a acontecerem em todos os 47 concelhos alentejanos. Dentro da diversidade do território haverá algo comum que é transmitido aos participantes, tal como uma identidade una de uma região chamada Alentejo?A ideia de um território coeso, forte e autêntico – é essa a mensagem de “Todo o Alentejo a caminhar”. Paralelamente, pretende-se dar a ideia da defesa da paisagem rural, que, contrariamente ao que muitos pensam, não é um dado adquirido. Sem paisagem e natureza para fruir não há percursos pedestres e há menos negócio para os agentes turísticos e menos receita para as comunidades. Se tivermos menos paisagem temos menos argumentos para vendermos o turismo do Alentejo nos mercados internacionais. Estamos a investir mais neste festival, em termos de orçamento de comunicação. Queremos que mais pessoas venham ao Alentejo caminhar e conhecer o nosso património rural e ambiental, fiquem nos nossos turismos e hotéis rurais, alojamentos locais, que conheçam os nossos restaurantes e comprem o nosso artesanato. Tudo o que fazemos tem de ter impacto comunicacional e este festival está a ser fortemente comunicado. Também reforçámos a nossa ligação à Agência Regional de Promoção Turística, no que toca à internacionalização, com a presença de jornalistas europeus. Em novembro, e já fora do festival, iremos organizar uma visita de operadores especializados.

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