Iniciadas em 2019, as obras dos passadiços do Pulo do Lobo pararam, em 2022, devido a alegadas divergências contratuais entre a Câmara Municipal de Serpa e a empresa construtora. A autarquia vai agora relançar o projeto, prevendo-se que o equipamento possa abrir ao público no primeiro semestre de 2025.
Texto José Serrano
Estará para breve a continuação da obra dos passadiços do Pulo do Lobo, parada desde janeiro de 2022, devido à rescisão de contrato por parte da Câmara Municipal de Serpa com a empresa executante, por a mesma estar, de acordo com João Efigénio Palma, presidente da autarquia, a “pretender introduzir alterações em alguns materiais previstos, que colocavam em causa o resultado final do investimento”.
Os trabalhos, que se iniciaram em 2019, encontram-se, de acordo com o edil, atualmente executados “numa parte significativa”, sendo agora necessário “corrigir efeitos decorrentes do decurso do tempo, bem como “alguns problemas de execução, por parte da anterior empresa”. Paralelamente às tarefas de requalificação serão, também, construídas “novas partes”, nomeadamente, “zonas de permanência e observação”, que preveem a introdução de mecanismos de limitação de acesso, em determinadas épocas do ano, para preservação e proteção da nidificação de espécies de aves. O presidente explica o espaço temporal, de quase três anos, que medeia a paragem das obras e a decisão camarária do seu reinício pelo “necessário processo burocrático” de rescisão de contrato e pela elaboração de um projeto que, “não só desse resposta à correção de anomalias existentes, mas também à construção das [suprarreferidas] novas zonas de permanência, entendendo a autarquia lançar uma consulta preliminar para definição do preço base de execução desse projeto”. Só após a sua elaboração “foi possível lançar o concurso para a realização da obra”.
Sendo que, “após a realização do procedimento nos termos do Código da Contratação Pública”, estão ainda a decorrer os procedimentos necessários para que a empresa vencedora do concurso, já definida, inicie a intervenção, com prazo de execução de 120 dias, não é, ainda, possível “adiantar uma data concreta para a conclusão dos passadiços, embora tenhamos a convicção da sua conclusão durante o primeiro semestre do próximo ano”, diz João Efigénio Palma.
O autarca acentua a importância deste equipamento, que se constituirá como “um dos elementos estratégicos na promoção turística do concelho, muito em particular da denominada serra de Serpa, pela sua integração numa região com características muito próprias, no Parque Natural do Vale do Guadiana, onde ainda predomina a natureza, com o recurso a culturas e explorações de natureza extensiva”, evidencia.