Diário do Alentejo

Quadros de zona pedagógica de Beja têm 98 horários sem professor

22 de setembro 2024 - 08:00
Governo lançou concurso de vinculação extraordinária permanente com apoio à deslocação dos docentes
Ilustração | Susa Monteiro/ArquivoIlustração | Susa Monteiro/Arquivo

O Governo lançou na passada terça-feira um concurso de vinculação extraordinária para a colocação de professores nos quadros de zona pedagógica (QZP) das regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, no total de 2309 vagas. Para os quatro QZP do distrito de Beja estão disponíveis 98.

 

O Governo identificou 234 escolas como carenciadas e, por isso, candidatas a beneficiar da vinculação permanente e apoio à deslocação dos professores, entre 150 e 450 euros, pagos 11 vezes por ano. No distrito de Beja são 15 as escolas que preenchem os requisitos, nomeadamente, aquelas que tiveram alunos com, pelo menos, 60 dias consecutivos sem aulas a uma disciplina no ano de 2023/24.

Segundo a portaria publicada em “Diário da República” na passada terça-feira, 17, no QZP de Alvito, Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo e Vidigueira são 26 os horários disponíveis; no de Moura (Agrupamento de Escolas Professor Francisco Honrado Pereira, em Amareleja) e Serpa (agrupamentos de escolas n.º 1 e 2), 25; no de Odemira (agrupamentos de escolas de São Teotónio, Colos e Odemira) e Ourique, 37; e 10 nos agrupamentos de escolas de Almodôvar, Castro Verde e Mértola. Apenas Barrancos e Aljustrel não constam desta lista.

Quanto aos grupos de recrutamento deficitários no distrito de Beja, o de inglês é aquele com mais horários a concurso (18), seguido de informática (12), português (9), geografia (8) e biologia/geologia (6).O Governo diz que “com este concurso extraordinário, direcionado para as escolas classificadas como carenciadas, dada a sua dificuldade em atrair professores para os seus quadros, pretende-se fixar docentes, através de um vínculo estável e permanente”. O objetivo do “Plano +Aulas +Sucesso” é reduzir, no final do 1.º período, “em 90 por cento o número de alunos sem aulas desde o início do ano letivo em relação a 2023/2024”.

 

Aníbal Fernandes

Comentários