Diário do Alentejo

“Monumento à Liberdade” será, neste ano, erigido em Ferreira do Alentejo

14 de abril 2024 - 12:00
Obra artística marmórea, de quatro metros de altura, pretende promover os “valores da memória contra as ditaduras”
Foto| Ricardo ZambujoFoto| Ricardo Zambujo

Texto José Serrano

 

Para celebrar os 50 anos do 25 de Abril, a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo deliberou, por unanimidade, que as comemorações serão, neste ano, “especialmente significativas”, diz, ao “Diário do Alentejo”, Luís Pita Ameixa, presidente do município.

Assim, de entre as várias iniciativas organizadas para a celebração da efeméride, consta a implantação, até final deste ano, de um “Monumento à Liberdade”, na sede do concelho, na confluência da rua Mestre de Aviz com a avenida Humberto Delgado.

A peça escultórica, em mármore, terá quatro metros de altura e será assinada por Joana dos Santos Alves, artista doutorada pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, com obra exposta “em vários espaços públicos em Portugal, bem como no estrangeiro, que vem agora juntar Ferreira do Alentejo ao seu currículo”, refere o autarca.

O monumento, cuja inspiração provém de uma célebre escultura da antiguidade grega, que se encontra exposta no Museu do Louvre, em Paris, intitulada “A Vitória de Samotrácia”, realizada entre 220 a 185 a.C., pretende simbolizar “uma ideia de força e de esperança, de capacidade de voar, do espírito livre, do sentimento elevado da conquista dos valores de Abril, da suprema liberdade”, sublinha Pita Ameixa.

Com um custo previsto de 23 mil e 600 euros, o processo de talhe do monumento, selecionado de entre 21 trabalhos concorrentes, mediante concurso público, será efetuado “ao vivo” no próprio local onde ficará erguido. Um processo criativo que poderá ser observado e acompanhado pela população, estando, também, neste decurso, previstas visitas escolares, com o intuito de promover, junto dos mais jovens, os valores da democracia e de recordar a importância de se viver num país livre.

“A defesa dos valores da democracia e da liberdade é sempre uma luta da memória contra o esquecimento. Erigir um símbolo de emancipação no espaço público constitui uma mensagem, à vista de todos, permanente e perene, de promoção desses mesmos valores da memória contra as ditaduras e de promoção do valor mais alto da liberdade, junto da população”, conclui. A data da cerimónia inaugural será, oportunamente, divulgada.

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