Diário do Alentejo

“Hoje é um dia muito feliz”

22 de março 2024 -
Ressonância magnética do hospital de Beja foi inaugurada na quarta-feiraFoto| Ricardo Zambujo

Com a inauguração da ressonância magnética do serviço de Imagiologia do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, na passada quarta-feira, o distrito deixou de ser o único do País com esta valência em falta. Ricardo Mestre, secretário de Estado da Saúde, que presidiu à sessão, fez notar a importância do equipamento, aguardado “há décadas”, para a região.

 

Texto Ana Filipa Sousa de SousaFoto Ricardo Zambujo

 

“Hoje é um dia muito feliz para os baixo-alentejanos. Um dia muito feliz para os cidadãos que beneficiarão deste equipamento”. Foram estas as palavras do secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, na quarta-feira, dia 20, na inauguração da ressonância magnética do serviço de Imagiologia do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja.

Durante o seu discurso, o antigo subdiretor-geral da Direção-Geral da Saúde, relembrou a importância deste novo equipamento para a população que “tinha de se deslocar muitos quilómetros, para Lisboa, Évora e, possivelmente, Faro, para ter o diagnóstico que os médicos precisavam para dar continuidade aos seus tratamentos”, bem como para os profissionais de saúde que “há décadas” tinham as suas condições de trabalho condicionadas pela falta desta valência.

Também José Carlos Queimado, presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), fez notar que, nos últimos 20 anos, a ausência desta resposta levou a que o serviço, e consequentemente o hospital, perdesse “idoneidade formativa” na área, mas que daqui adiante “há condições para termos um bom serviço” e darmos resposta às “cerca de cinco mil pessoas” que, no ano passado, “saíram do distrito” para “fazer este tipo de exames”.

Recorde-se que o contrato para a aquisição da ressonância magnética, conforme o “Diário do Alentejo” já tinha noticiado, foi formalizado no final de 2022, sendo o valor do investimento de um milhão e 346 mil euros, 85 por cento dos quais suportados por fundos comunitários do Portugal 2020. Prevê-se que o equipamento entre em pleno funcionamento “na próxima semana”, o que fará com que o distrito de Beja deixe de ser o único do País sem a referida valência.

 

“Este não é caso único” José Carlos Queimado revelou ainda que “nos próximos tempos” a ressonância magnética não será “caso único”, uma vez que, será aberta uma segunda sala para tratamentos invasivos, a 1 de abril reabrirá a especialidade de otorrinolaringologia e, no segundo semestre do ano, entrará em funcionamento a equipa de hospitalização domiciliária de cuidados paliativos. Além disso, o presidente do conselho de administração da Ulsba confirmou que o projeto de ampliação e requalificação do hospital de Beja está a avançar e mantém-se o compromisso de “até 30 de junho” se apresentar aos decisores políticos “um perfil, um plano diretório e um estudo de viabilidade económico-financeiro”.

“Este tem de ser o caminho para o Hospital José Joaquim Fernandes, [ou seja] requalificarmos esta oferta assistencial e tornarmos o hospital mais moderno, mais funcional e mais diferenciado para esta região”, concluiu.

 

Conceição Margalha agraciada com medalha de méritoA antiga presidente do conselho de administração da Ulsba, Conceição Margalha, recebeu, pelas mãos do secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, uma medalha de mérito, grau ouro, “pela importância do seu trabalho” para o Ministério da Saúde, em destaque o papel “pioneiro” e “fundamental” que desempenhou na região em relação ao rastreio do cancro do colo do útero.

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