Três Perguntas David Simão, presidente do Nerbe/Aebal – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral
A propósito da reunião de trabalho, marada para o próximo dia 11, entre empresários instalados no parque industrial de Beja e autarcas e técnicos da Câmara Municipal de Beja o “Diário do Alentejo” conversou com o presidente do Nerbe/Aebal – Associação Empresarial do Baixo Alentejo, David Simão, sobre os principais objetivos que presidem este encontro, as carências do parque industrial de Beja que os empresários gostariam de ver colmatadas em 2024, assim como a própria importância deste para a dinâmica empresarial da cidade.
Texto | José Serrano
Está marcada para o próximo dia 11 uma reunião de trabalho entre empresários instalados no parque industrial de Beja e autarcas e técnicos da Câmara de Beja. Que objetivos principais presidem a esta reunião?
No dia 11 realizar-se-á a quinta reunião de trabalho com empresários, a Câmara de Beja e o Nerbe/Aebal. A última reunião foi realizada em janeiro de 2023 e um dos vários temas que tinham ficado pendentes era a sinalética de identificação das empresas presentes no parque industrial. Passado um ano, iremos efetuar um balanço dos trabalhos realizados e do que falta fazer. Desde a primeira reunião ficou o compromisso, entre as partes, de, aquando necessário, agendar nova reunião de trabalho – a do próximo dia 11 foi solicitada pela câmara, tendo como ponto principal a sinalética. É nosso objetivo, acima de tudo, conseguir um diálogo salutar entre empresários e município, de forma a minimizar as lacunas e a melhorar a zona industrial de Beja.
Quais as principais carências do parque industrial de Beja que os empresários aí localizados gostariam de ver colmatadas em 2024?
O parque industrial de Beja, devido à sua idade, à sua construção/projeto e, até mesmo, fruto do seu crescimento, tem algumas carências. É premente a conclusão da sinalética, vertical e horizontal do parque, a limpeza dos arruamentos, o estacionamento para clientes e funcionários, locais de carga e descarga, bem como o alcatroamento de zonas que se apresentam, ainda, em terra batida. Existem situações que se têm eternizado no tempo, sendo importante traçar estratégias consensuais e articuladas, entre município e empresários, para que se resolvam, de imediato e de uma forma eficiente, as carências apresentadas pela infraestrutura.
Como classifica a importância, para a dinâmica empresarial de Beja, de a cidade poder apresentar uma zona industrial merecedora de ser elogiável?
Existem fatores que distinguem um território. A saúde, a educação e, paralelamente, as zonas industriais dos territórios espelham a economia, o desenvolvimento e a dinâmica de uma cidade. O Nerbe/Aebal sempre tentou ser um fórum de reflexão da estratégia a aplicar no desenvolvimento das empresas e, consequentemente, da economia da região, para que a zona industrial não seja só um aglomerado de armazéns que sirvam de casa às empresas, mas que possa, através do trabalho em conjunto, ser um polo de desenvolvimento interativo do concelho de Beja. Para tal tentamos aumentar a comunicação e promover a efetividade das respostas, para que possamos validar a nossa utilidade de uma forma eficiente no desenvolvimento sustentável do concelho. Ficarmos parados é a forma mais fácil de permanecermos atrasados num mundo em constante evolução.