Três Perguntas a Margarida Maio, aluna da Escola Secundária Diogo de Gouveia, em Beja, selecionada para a segunda edição do "Zero-G Portugal - Astronauta por um Dia"
Texto José Serrano
Foi selecionada, entre 552 alunos de todo o País, para o grupo de 30 finalistas da segunda edição do “Zero-G Portugal – Astronauta por um Dia”, que lhe permitirá, no dia 3 de setembro, sentir a gravidade zero a bordo de um avião Airbus A310 que levantará voo da Base Aérea de Beja. Quais as provas que teve de superar?
Para ser selecionada tive de elaborar um vídeo criativo a apresentar-me, para o qual fiz um poema acerca da paixão que tenho pelo espaço e universo. Tive também de superar provas de memória, velocidade e raciocínio espacial, para além de um teste de aptidão física, em que foi necessário mostrar habilidades de equilíbrio, resistência, coordenação e velocidade. Por fim, fui entrevistada por um júri formado pelo vice-presidente da Agência Espacial Portuguesa e por um representante do programa “Ciência Viva”. Quem me deu mais força para conseguir alcançar esta vitória foram os meus pais, os meus irmãos (principalmente a minha irmã) e os meus amigos. Todos eles acreditaram em mim e ajudaram-me a manter a calma nos momentos mais tensos de cada fase. Agradeço-lhes.
O que a motivou a concorrer e quais as expectativas que tem para este voo?
Sempre gostei de investigar sobre o espaço, aprender teorias existentes acerca do mesmo. Esta foi a principal razão que me motivou a concorrer, após saber deste projeto através de uma palestra dada, na minha escola, por alguns dos finalistas da 1.ª edição. Acredito que este voo vai ser espetacular, uma experiência única na minha vida, pois vou poder experienciar como é estar sujeito a uma gravidade diferente da que existe na Terra e todo o processo necessário para participar numa missão espacial.
É natural de Montes Velhos, Aljustrel, e aluna do 11.º ano da Escola Secundária Diogo de Gouveia, em Beja. Sendo a primeira representante do Baixo Alentejo presente num voo destas características, sente-se uma embaixadora da região?
Ainda não acredito, completamente, que consegui ser uma das finalistas desta segunda edição. Nunca pensei que conseguiria superar todas as provas, nem que iria ser uma das finalistas, muito menos que seria a primeira representante do Baixo Alentejo neste tipo de voo. Tenho orgulho em mim própria, por ter sido escolhida, mas considero que só me tornarei uma embaixadora do Baixo Alentejo quando conseguir motivar outras pessoas a concorrerem, tal como alguns finalistas da primeira edição fizeram comigo. Assim, considero que o maior desafio desta experiência será tentar fazer com que outras pessoas acreditem em si próprias, sigam os seus sonhos e os alcancem, com sucesso.